Vladimir Putin para presidente do Vitória em 2023

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  • Paulo Leandro

Publicado em 3 de agosto de 2022 às 05:40

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Impedimento clamoroso no primeiro gol do ABC, domingo passado, e a reação foi desproporcional à garfada sofrida pelo Vitória. As quedas, os coices, o declínio, nada disso pode justificar a apatia da torcida e da diretoria boazinha, diante da rapina na Casa de Deus, o Barradão.

Das narrativas, entre locuções e textos, não se espera tanto, afinal, não foi o Queridinho a perder dois pontos importantes em casa, pois sem aquele gol ilegal, o Nego teria vencido.

Os cientistas ciber-comunicacionais podem também produzir a hipótese de a tecnologia do VAR ter dominado a mentalidade média, então, sem a máquina, as pessoas perderam o poder de raciocinar e verificar se há correspondência entre o fenômeno e a apreensão do fenômeno pelos aparelhos percipientes humanos.

Historicamente, por algum motivo digno de uma boa investigação pelos pesquisadores da Universidade do Futebol (Unibol), o Vitória funciona melhor com direções viris, como nas fases de Manoel Tanajura, Luiz Catharino Gordilho, Francisco Nei Ferreira e Pirinho, chegando ao ponto de este administrador levar um cachorro pastor alemão ao vestiário para espantar corruptores e mal-intencionados em geral.

O saudoso caudilho dava uma volta olímpica com o feroz e belo animal, acenando com seu miraculoso lenço, para uma multidão, anteriormente com mais sangue rubro-negro correndo nas veias em relação aos clientes-consumidores enfeitados de hoje em dia.

Não haveria problema de aquele bandeira deixar o Barradão, só depois da meia-noite, vestido de “puliça”, dentro de um camburão, cercado pela galera em fúria, depois de lesar o Vitória daquela forma escandalosa.

O juiz de linha estava a poucos metros do lance, quando o atacante recebe a bola, impedido, e toca na saída de nosso quíper.

O Vitória precisa negociar com Moscou, a vinda de Vladimir Putin para dirigir o clube, pois o vestiário seria imediatamente cercado e as ogivas apontadas para a casinha onde o infrator trocava de roupa. Não se trata de violência, mas de defesa civil, pois todo o trabalho desenvolvido por João Burse pode ter sido prejudicado no lance ilegal.

Tem nada não, o pulso ainda pulsa, e um triunfo (chega logo domingo!) contra o Mirassol pode recolocar o Vitória no rumo do G8, restando ainda o Brasil de Pelotas.

Já o Bahia, como este clarividente colunista havia previsto, não deixaria passar a oportunidade de golear o Náutico por 3x0, e agora, basta ferver a sopa de letrinhas alagoana no banho maria para faturar mais três pontos.

Outro time dando gosto aos baianos – sigo Tilé, torço pelos nossos – é o Cangaceiro, o Bahia de Feira, clube com o qual também simpatizo por homenagear no nome de sua arena a figura de um professor, muito sofrida nestes tempos de culto à Ignorância.

O cangaço surgiu como resistência à crueldade dos latifúndios improdutivos, pois o esporte dos fazendeiros era fazer tiro ao alvo com os colonos, como ocorreu (e ainda ocorre) com o pai de Virgulino.

Virgulino era um rapaz tranquilo, mas quando percebeu seu paizinho baleado pelas costas, vítima dos criminosos grileiros, se encheu de fúria e organizou guerrilha duradoura e temida, assim como esperamos siga o Bahia de Feira a fim de alcançar a Série C 2023 usando a bola em vez da peixeira.

Paulo Leandro é jornalista e professor Doutor em Cultura e Sociedade. A opinião do colunista não reflete necessariamente a do CORREIO.