Você sabe quais são os planos dos presidenciáveis para o esporte?

Linha Fina Lorem ipsum dolor sit amet consectetur adipisicing elit. Dolorum ipsa voluptatum enim voluptatem dignissimos.

  • D
  • Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2018 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: .

Depois de muita discussão, notícias falsas espalhadas a dar com pau e agonia desmedida em tudo que é canto, vamos amanhã às urnas para a votação de primeiro turno.

Como nada no momento é mais importante que as eleições, dei-me o trabalho de procurar as propostas para o Esporte nos planos de governo dos postulantes à presidência. Todo mundo pode(ria) fazer o mesmo e pesquisar sobre qualquer assunto, pois os planos estão disponíveis no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Jair Bolsonaro – que chega para o primeiro turno liderando as pesquisas -, Álvaro Dias, Cabo Daciolo, Henrique Meirelles, João Goulart Filho e Vera Lúcia não apresentam nada sobre o tema em seus respectivos planos. Se eles tem alguma ideia ou proposta para o desporto, não é pelo documento oficial da candidatura que saberemos.

Os outros candidatos trazem propostas em maior ou menor volume, de forma passageira ou detalhada. Como aqui não cabe tudo, apresento pequenos resumos.

Fernando Haddad, segundo lugar nas pesquisas, fala em criar um Sistema Único do Esporte, que destinaria recursos da União para o setor. Entre as propostas, também estão a criação de uma Universidade do Esporte, visando formar profissionais para os diversos caminhos de atuação na área, como gestão e pesquisa. Haddad também fala em implantar o Programa de Modernização da Gestão do Futebol e na volta do Plano Brasil Medalhas, que foi criado visando as Olimpíadas Rio-2016.

O candidato Ciro Gomes, que aparece atrás de Haddad nas pesquisas, propõe vincular o desenvolvimento esportivo (junto com a Cultura) ao ensino público, com a ideia de ter escolas de tempo integral do Ensino Fundamental ao Médio, com espaços e projetos específicos voltados ao esporte. Ciro fala ainda em desenvolver programas regionais de incentivo à prática esportiva e apoiar atletas através de bolsas.

Geraldo Alckmin, por sua vez, cita o esporte como um instrumento de integração social, sendo uma via de crescimento pessoal, de combate à obesidade na infância e de afastamento das drogas. Seu principal objetivo no setor é conseguir investimentos privados para financiar tanto equipamentos de prática esportiva quanto os atletas, com investimento da base até o alto rendimento com menor dependência de verbas públicas.

Marina Silva se compromete em seu programa a aumentar os recursos federais destinados ao esporte. Ela promete também apoiar as cidades com mais de 100 mil habitantes a implantarem ciclovias, pistas de corridas e caminhadas que sirvam, para além da prática esportiva e do lazer, como vias de mobilidade cotidiana. A candidata fala ainda em atrair investimento privado o esporte de alto rendimento.

A única citação de João Amoêdo ao esporte é quando afirma, em seu plano, que vai buscar “novas formas de financiamento de cultura, do esporte e da ciência com fundos patrimoniais de doações”.

Já Guilherme Boulos quer criar o Sistema Nacional de Esporte e Lazer e promete um rompimento com a cartolagem dos clubes, federações e confederações esportivas, além de auditar as contas de entidades esportivas como a CBF. Outras promessas são a proteção aos clubes formadores de atletas e a regulamentação das negociações das cotas de transmissão esportiva.

Como sabemos, tudo isso acima podem ser apenas promessas vazias, mas estão registradas. Nosso dever é acompanhar. Se não ficamos sabendo o que os candidatos propõem, como vamos cobrar depois?

Victor Uchôa é jornalista e escreve aos sábados.