Walter Pinheiro vai depor no processo de cassação do mandato de Lucio Vieira Lima

Por Jairo Costa Junior com Luan Santos

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  • Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2018 às 11:22

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Angeluci Figueiredo/Arquivo Correio

O secretário estadual da Educação, Walter Pinheiro (sem partido), será chamado para depor no Conselho de Ética da Câmara no processo de cassação contra o deputado federal Lucio Vieira Lima (MDB). A convocação consta no plano de  trabalho do caso apresentado pelo deputado Hiran Gonçalves (PP), relator da matéria. Pinheiro foi indicado pela defesa de Lúcio por ter sido relator da Medida Provisória 613/2013, alvo das investigações. Em delação, o ex-vice-presidente de Relações  Institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho contou que Lucio teria recebido recursos para atuar em prol da MP. Outras 16 pessoas serão chamadas para prestar depoimento, 12 delas a pedido do parlamentar. 

Outros passos Job Ribeiro e Roberto Suzart, ex-assessores do deputado, e Cláudio Melo Filho estão entre os convocados. O relator do caso no conselho vai pedir ainda o laudo pericial feito nas malas com R$ 51 milhões apreendidas em um apartamento supostamente utilizado pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima,  irmão de Lucio.

Conta zerada Trinta e um municípios da Bahia tiveram repasses federais bloqueados em 2018 por causa de dívidas previdenciárias. O número coloca o estado na sexta posição dos que tiveram mais cidades com recursos retidos, segundo levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Sem repassar os valores ao INSS, os prefeitos foram penalizados com a retenção de pelo menos uma parcela do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Ribeira do Pombal, Riachão do Jacuípe e Itacaré são os maiores representantes da Bahia no estudo. No Brasil, 1.203 municípios foram atingidos. São Paulo tem o maior número de atingidos (60), seguido pelo Rio Grande do Norte (54).

Tensão na base Embora PCdoB e PSB sejam apontados como favoritos para as vagas de suplente ao Senado na chapa governista, PR e PDT estão de olho na movimentação e pretendem entrar na disputa. Os deputados federais José Carlos Araújo e Félix Mendonça Júnior, respectivamente, presidentes estaduais das legendas, confirmaram o interesse. Félix, contudo, mantém a pré-candidatura do ex-pugilista Acelino Popó Freitas a senador. “Caso Popó saia do páreo, o PDT não abre mão da primeira suplência”, afirma.

Sem grana Os professores do curso de formação de oficiais da Polícia Militar estão sem receber salário desde fevereiro. O curso, que conta com quatro turmas de 28 alunos cada, dura três anos e o contrato com os docentes, todos civis, é renovado a cada seis meses. O salário varia de R$ 2 mil a R$ 5 mil, pago em parcelas nos últimos três meses. O pagamento deveria começar em 15 de maio,  mas até agora nada. A explicação da PM, conta um deles, é que não há recursos nem  previsão para quitar o débito. 

Troca-troca A suspeita deles é que a PM planeja substituir os professores civis por policiais  militares que tenham licenciatura para lecionar o curso. Embora não tenham sido pagos, eles não pretendem paralisar as atividades da formação. O governo insiste nas mesmas táticas falhas de segurança pública e os dados continuam alarmantes. Luciano Ribeiro, deputado estadual do DEM e líder da oposição, ao comentar os dados do Atlas da Violência 2018, que aponta cinco cidades da Bahia entre as dez mais violentas do Brasil. Para ele, a situação é reflexo dos baixos investimentos em educação e segurança.Pílula Na pauta A Câmara dos Deputados deve votar nessa semana o projeto que permite à Petrobras vender parte de seus direitos de exploração do pré-sal. O texto tem autoria do parlamentar baiano José Carlos Aleluia (DEM) e enfrenta resistência da oposição. Para o autor, a medida visa “viabilizar a empresa novamente”.