Zenfone, da Asus: de volta para o futuro, sem medo dos erros do passado

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  • Hugo Brito

Publicado em 21 de agosto de 2018 às 05:00

- Atualizado há um ano

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O lançamento no Brasil da linha 5 da marca taiwanesa foi na última quinta-feira em São Paulo. Na entrada do evento uma exposição dos modelos já lançados pela empresa lembrava o porquê do nome da festa. Back to 5 – de volta ao 5 – já que o primeiro Zenfone levava o nome de 5 em uma referência ao tamanho da tela. A brincadeira de voltar ao 5 foi uma boa forma de resolver a confusão numérica e de dar um recado ao competitivo mercado de smartphones. O de que a ASUS está de olho no futuro e não tem medo de eventuais erros do passado.  Processamento  O processador SDM 636 presente no modelo 5 impressionou quem pôde testar de forma mais intensa o novo aparelho. Embora não seja o mais poderoso da nova linha, posto destinado ao SDM845 que equipa apenas o Zenfone 5Z (R$ 2.499,00 a R$ 3.399,00) o processador da Intel, empresa parceira também presente no evento, é bem explorado e vem ainda com uma função de elevação de performance – presente em todos os modelos da nova linha – que aumenta em mais de 10% a capacidade de processamento, claro que com um consumo maior de bateria.  We love foto  O slogan usado desde o Zenfone 3 zoom foi reforçado para chamar a atenção de um dos atributos sempre destacado como diferenciador nos telefones da marca, a presença de boas câmeras, afinal o uso do smartphone é cada vez maior no sentido de equipamento essencial para registrar momentos. Em um dos modelos lançados, o Selfie (R$ 1.499,00 a R$ 1.699,00) essa preferência teve a ousada colocação de uma câmera dupla com flash também na parte frontal, para selfies de maior qualidade. Ainda no item foto cabe aqui uma observação preliminar especificamente em relação ao Zenfone 5 (R$ 1.999,00 a R$ 2.249,00) carro chefe da nova linha de telefones. Durante o evento pude testar a câmera e conversar com alguns colegas que tiveram a oportunidade de testar o aparelho mais a fundo. A percepção é de que fotografar com o telefone 3 Zoom ainda é melhor, além do fato de que esse modelo ainda trazia uma bateria de maior duração. A impressão de que o 3 Zoom foi um ponto fora da curva, coisa já comentada quando saiu o Zenfone 4, parece cada vez mais se confirmar e provar que não foi um movimento equivocado.  Quebra cabeças para concorrer  A empresa taiwanesa mostra, já desde o 3 Zoom, que tem uma estratégia bem desenhada para ganhar mercado. É algo como um quebra cabeças ou, até mesmo para ficar mais aderente à origem asiática da ASUS, o GO, aquele jogo chinês que usa pedras brancas e pretas e que requer grande estratégia. Nesse tabuleiro cada aparelho tem misturas de câmera, processador, lente, etc para conseguir um equilíbrio Preço x Experiência e levar ao consumidor a impressão de algo desenhado especialmente para o que ele deseja. O prazer de uma tela maior, mesmo com um processamento um pouco menor, ou uma câmera com ângulo de abertura superior, mesmo com menos bateria, não necessariamente nessa ordem, é sem dúvida uma estratégia interessante que possibilita espalhar atributos diferentes em cada modelo diversificando o preço e dando ao cliente a opção de qual caminho trilhar, gastando menos, esse sem dúvida um atributo que pesa especialmente em países mais pobres. Essa abordagem fica ainda mais clara nas apresentações onde pontos isolados dos concorrentes Samsung, Motorolla e Apple são citados, atrelados a apelidos engraçados que, ludicamente, arrancam risos da plateia, mas que observados a fundo mostram para quem acompanha o mercado que a mira dos taiwaneses, pilotada pelo diretor de Marketing da empresa, o brasileiro Marcel Campos, é mesmo continuar crescendo no gosto do cliente médio e ir “comendo” pelas beiradas mercados pelo mundo afora. A julgar pelo movimento que vejo ano a ano nos lançamentos da marca a estratégia vem surtindo efeito e vai sendo milimetricamente ajustada. Dois exemplos que me chamaram bem a atenção nesse sentido são os modelos Max Pro e Z5. O primeiro - Zenfone Max Pro (R$ 1.349,00 a R$ 1.549,00) -  traz algo inédito. Um Zenfone sem a interface de usuário ZenUI, ou seja, um aparelho com Android Puro, o que me parece um tiro certeiro nos Geeks que se recusavam a dar uma chance à marca. O segundo é o Zenfone Z5, cuja comercialização no Brasil foi anunciada oficialmente no evento e arrancou aplausos. Esse aparelho com tudo o que há de mais avançado, para mim, visa claramente o cliente que ainda não teve coragem de abandonar a Apple.  Sansão  Um momento marcante do evento, e que não eu não poderia deixar de comentar, foi o anúncio da parceria com as empresas Maurício de Souza, com direito a tema especial da turma da Mônica para os aparelhos e à presença do próprio criador da turma que enche de orgulho os brasileiros, o empresário e desenhista Maurício de Souza, acompanhado da filha e fonte de inspiração Mônica. Conectar-se a um ícone da brasilidade presente na memória afetiva de milhões de pessoas do país é mais um forte sinal de que a empresa visa preencher a lacuna deixada por fabricantes que acham claramente que o país não interessa como mercado de massa por não ter capacidade de pagar mais pela inovação. Além da conexão óbvia e digna de aplausos da marca taiwanesa com os brasileiros, apoiando inclusive o novo filme da Turma da Mônica que sai ainda esse ano, não dá para evitar o pensamento de que Sansão, o coelho da Mônica, pode até ser um símbolo da atuação da ASUS no Brasil, uma arma capaz de desarmar “planos infalíveis” vindos não do Cebolinha mas de concorrentes que teimam em não falar bem a língua de um país apaixonado por tecnologia como o nosso. Se vai dar certo ou não, só esperando os próximos “gibis” da série.