Zero1 chega à segunda temporada

Programa sobre mundo geek, comandado por Tiago Leifert, terá 31 episódios e fica no ar até dezembro

 Leifert, no cenário do Zero1 (Foto: Artur Meninea Gshow/Divulgação)

Dizem que os geeks e os nerds de hoje só querem saber de internet e quase não assistem mais à TV. Mas, pelo menos durante 15 minutinhos por semana, na madrugada de sábado para domingo, logo após o Altas Horas, na Globo/TV Bahia, eles têm um motivo para ligar o aparelho de televisão: começou nesta madrugada a segunda temporada do Zero1, programa apresentado por Tiago Leifert, que esteve também à frente da mais recente edição do Big Brother Brasil.“Na primeira temporada, a gente estava encontrando nosso caminho. Entendendo como balancear o programa e a linguagem da televisão com a língua que as pessoas estão acostumadas a consumir na internet. E o mais legal é que acho que conseguimos encontrar essa fórmula”, diz o apresentador. A cultura geek continua sendo o tema do Zero1, que volta a falar de games, animações, RPGs, HQs, gadgets, action figures (bonecos para colecionadores), universo pop, filmes e e-sports (esportes eletrônicos).Como no ano passado, Leifert continuará comentando as principais novidades do mercado, lançamentos de jogos e eventos que acontecerão até o fim deste ano. Receberá gamers, youtubers e outros convidados para entrevistas, testará os novos consoles e os mais recentes jogos. Os gameplays (demonstração de jogos, com dicas para ter um bom desempenho) também estão garantidos, porém em versões reduzidas, devido à duração do programa. “Na internet, os caras põem um gameplay de uma até uma hora e meia, mas aqui na TV a gente não tem como fazer isso”, diz o apresentador.Desta vez, em vez dos 15 episódios da temporada anterior, haverá 31 edições da atração, até dezembro. Mais experiente, Leifert promete fazer um programa “híbrido”, que misture TV com internet: “A gente vai colocar uns 'highlights' (melhores momentos) dos jogos e depois, na internet, a gente aprofunda”. Leifert diz que aprendeu este “conceito de rede” no BBB, que terminou no mês passado: “Funcionou muito bem. Queremos ter nosso conteúdo em várias plataformas. A gente vai repetir essa estratégia, então você vai encontrar a gente em todos os lugares, com conteúdos adaptados para cada espaço. Até tentamos isso na primeira temporada, mas muito timidamente. Agora vai ser mais pesado!”. O Zero1 está nas principais redes sociais como “zeroum oficial”.O apresentador diz que ficou satisfeito com a boa aceitação do público logo “de cara”, apesar do tema bastante específico do programa. “Recebi mensagens de pessoas dizendo coisas tipo 'eu não tenho ideia do que você fala, mas sempre assisto ao programa'. Além dos fãs deste mundo dos gamers, tem sempre alguém que está assistindo televisão sábado à noite, não sabe nada de videogame e curte o programa para dar risada. Além disso, há jogo para todos os gostos. E mesmo quem não é nerd vai ser um dia se assistir ao Zero1 direitinho”, diz.Da primeira temporada, Leifert tirou outra lição: “Percebemos que as pessoas gostam de coisas divertidas, de mais ação. Talvez tenhamos menos entrevistas. Mas, quando tiver entrevista, tem que ter uma pegada mais divertida. Queremos mais 'ação' a cada programa”.O apresentador diz que, com o aumento do número de episódios, haverá mais espaço para cobrir eventos ligados a games, como os campeonatos de e-sports e feiras de temática geek. “Queria também fazer algumas coisas durante a semana (na internet), umas lives, uns desafios de FIFA, transmitir alguns games ao vivo e comentar notícias. Isso seria muito bom”.TrajetóriaDepois de passar pelo jornalismo esportivo - ele foi apresentador e editor-chefe do Globo Esporte de São Paulo -, Leifert migrou para a área de entretenimento na emissora. Esteve no É de Casa, The Voice Brasil, The Voice Kids e chegou à 17ª edição do Big Brother para substituir Pedro Bial, que comandava a atração desde 2002 e deixou o BBB para fazer o talk show Conversa com Bial.Tiago Leifert sucedeu Pedro Bial e comandou o BBB 17 (Foto: Paulo Belote/TV Globo)Sobre a sua primeira temporada à frente do reality, Leifert é breve e prefere não se estender. Às três perguntas feitas pelo CORREIO sobre o Big Brother, ele deum resposta única e bem objetiva, como se o programa já fizesse parte do passado: “O BBB é um jeito único de fazer televisão, não dá pra explicar. É maravilhoso. Eu estou muito feliz lá. Mas agora meu jogo é no Zero1”.Leifert diz que sua passagem do jornalismo para o entretenimento foi gradual e o esporte para ele sempre foi “infotenimento”, uma mistura de informação com  entretenimento. Nerd desde criança, ele  diz estar em seu universo no Zero1: “Até os 17 anos, eu só jogava futebol e videogame. Odiava estudar. Reunia o pessoal na minha casa para jogar e esse hábito atravessou a infância e adolescência. Tive quase todos os consoles de videogame”, lembra-se.Mas, mesmo hoje, aos 36 anos, ele continua curtindo o universo nerd, especialmente brinquedos e games: “Gosto de muita coisa deste mundo. A única coisa que me faz gastar dinheiro mesmo é tecnologia. Na minha casa, tenho um espaço só para meus videogames e computadores, com bastante cabo aparecendo e muita bagunça. Coleciono bonequinhos, acho que meu favorito é o Batman”.