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Estadão
Publicado em 7 de agosto de 2024 às 18:53
A conquista da medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Paris-2024 no skate Park, nesta quarta-feira, coroou um período de sacrifícios que acompanhou a preparação de Augusto Akio em busca do objetivo do pódio na capital francesa. Também conhecido como Japinha, o skatista brasileiro retratou a emoção de deixar a competição com o sentimento de dever cumprido.>
"Eu cheguei por muito esforço. O tratamento de eletroacupuntura impediu que eu ficasse muito tempo afastado do esporte. Estou aqui por todos que me deram oportunidade para fazer o que mais amo na vida e o que faço melhor", afirmou Japinha logo após a conquista em entrevista à TV Globo.>
Atleta carismático, ele tem uma marca pessoal em sua apresentação: jogar malabares. O skatista explicou a origem dessa peculiaridade e revelou que essa habilidade tem uma relação direta com um momento difícil de sua vida esportiva.>
"Tudo começou em uma fase complicada. Estava disputando uma campeonato fora do país e acabei contundindo os adutores da coxa Andava com dificuldade e mal sabia quando poderia voltar a andar de skate. A recuperação estava bem lenta e procurei me encontrar em alguma coisa. Foi quando me inspirei em um artista de rua", comentou Japinha.>
O que parecia uma brincadeira teve um "efeito terapêutico" para o atleta, que fez dos malabares, uma parte da sua rotina. "Os malabares já viraram parte de mim. Se saio de casa sem, é como se saísse sem skate", comentou.>
Ao final, ele fez questão de fazer um agradecimento às pessoas que o ajudaram a viver esse momento tão especial. "É agradecer a todos que, mesmo indiretamente, fizeram parte desta caminhada. Essa medalha também é para os organizadores de eventos que fizeram campeonatos de sate que eu participo desde criança. Eles me construíram como atleta".>
Japinha obteve 91,85 como melhor nota em suas três tentativas na final do Park. Ele só foi superado pelo australiano Keegan Palmer, medalhista de ouro, com 93,11, e pelo americano Tom Schaar, com 92,23.>