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Portal Edicase
Publicado em 9 de maio de 2025 às 18:09
O sistema digestivo tem uma função primordial no organismo: é responsável por processar os alimentos e transformar tudo em nutrientes para o corpo funcionar bem. Devido à sua complexidade e à presença de milhões de neurônios, ele é conhecido como o “segundo cérebro”. >
Contudo, de acordo com dados da Organização Mundial de Gastroenterologia, divulgados pelo Ministério da Saúde, cerca de 20% da população mundial apresenta algum problema no sistema digestivo, mas 90% dessas pessoas não procuram atendimento médico. >
Segundo Alexandre Pimenta, médico e responsável técnico nacional do AmorSaúde, rede de clínicas parceiras do Cartão de TODOS, o organismo costuma dar sinais quando algo não vai bem, e ignorá-los pode ser um erro. “Estar atento aos sintomas é o primeiro passo para cuidar da saúde digestiva e evitar complicações”, afirma. >
Conforme Alexandre Pimenta, problemas no sistema digestivo podem se manifestar de formas diferentes, mas alguns sinais são considerados clássicos. “Os principais sinais de alerta incluem dor abdominal persistente, alterações no hábito intestinal (diarreia ou constipação ), distensão abdominal, perda de peso inexplicada, sangue nas fezes ou vômito com sangue”, lista. >
Sintomas comuns como gases, azia e refluxo geralmente não são motivo de preocupação quando ocorrem esporadicamente. No entanto, sua persistência ou o aparecimento de sinais associados pode indicar doenças mais sérias. >
“Esses sintomas podem parecer leves, mas se forem persistentes ou acompanhados de sinais como dificuldade para engolir, perda de peso ou dor intensa, podem ser indicativos de doenças como úlceras ou doenças inflamatórias intestinais”, explica o médico. >
Alexandre Pimenta destaca que a forma como os problemas digestivos se manifesta também pode variar conforme a faixa etária. Em crianças, por exemplo, é comum queixas vagas como dor abdominal difusa, irritabilidade e mudanças no apetite. >
Nos idosos, os sintomas podem ser mais silenciosos ou confusos, com a ocorrência de fraqueza, desorientação ou confusão mental e redução da dor percebida. “A presença de comorbidades em idosos pode ainda mascarar os sintomas; por isso, é importante o acompanhamento médico regular nessa faixa etária”, comenta o profissional. >
Entre os fatores que podem contribuir para o desequilíbrio do sistema digestivo, o médico destaca os cinco mais comuns: >
Segundo Alexandre Pimenta, esses hábitos afetam diretamente a motilidade intestinal, a produção de enzimas digestivas e a microbiota intestinal. >
Algumas doenças do sistema digestivo , como a Doença de Crohn e a colite ulcerativa, têm origem autoimune e podem apresentar predisposição genética. “É importante que indivíduos com histórico familiar dessas doenças fiquem atentos a sintomas como dor abdominal crônica, sangue nas fezes e perda de peso”, orienta o médico. >
Essas condições fazem parte do grupo das Doenças Inflamatórias Intestinais (DII), que ganham destaque neste mês com a campanha Maio Roxo, dedicada à conscientização e ao incentivo ao diagnóstico precoce. >
De acordo com Alexandre Pimenta, a boa notícia é que é possível prevenir muitos dos problemas digestivos com hábitos simples e consistentes. Para isso, o médico recomenda: >
“Esses hábitos melhoram a digestão, ajudam a regular a flora intestinal e contribuem para o bom funcionamento do organismo como um todo”, reforça o profissional. >
Além disso, também é importante evitar certos alimentos e hábitos na rotina para manter o sistema digestivo saudável, tais como: >
Alexandre Pimenta alerta que em qualquer sinal persistente de alteração digestiva, o ideal é buscar avaliação médica. Exames como endoscopia, colonoscopia e laboratoriais são comuns para investigar sintomas e garantir um diagnóstico precoce. “A frequência dos check-ups de saúde digestiva varia conforme o histórico familiar e os fatores de risco, mas, em geral, recomenda-se que adultos façam avaliações a cada cinco a 10 anos”, finaliza o médico. >
Por Nayara Campos >