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Advogado de italiano acusado de manter mulher em cárcere privado diz que cliente não cometeu crime

Defesa diz que homem permanece detido de forma ilegal e abusiva e vai pedir a revogação da prisão preventiva

  • Foto do(a) author(a) Perla Ribeiro
  • Perla Ribeiro

Publicado em 2 de junho de 2025 às 10:46

Italiano é preso suspeito de manter companheira em cárcere privado em bairro nobre
Italiano é preso suspeito de manter companheira em cárcere privado em bairro nobre Crédito: Reprodução/TV Globo

O advogado do italiano Andrea Ciaccio, 52 anos, preso acusado de manter a companheira em cárcere privado, Eduardo Maurício, diz que o cliente é inocente e que nunca praticou nenhum dos crimes que lhe são imputados e que vai entrar com pedido de revogação da prisão preventiva. A vítima, de 31 anos, alegou ter ficado em cárcere privado por pelo menos três meses, no bairro do Campo Belo, na Zona Sul de São Paulo. De acordo com informações da Polícia Civil, a mulher foi encontrada com machucados e sangramento no rosto dentro de um quarto, no andar superior da casa onde o suspeito morava. Ela afirmou que era agredida, dopada e obrigada a manter relações sexuais com o homem.

"Inexiste cárcere privado, tanto isso é verdade que a casa de Andrea estava em reforma, na presença de pedreiros há meses no interior da residência", alega a defesa, através de nota. A polícia informou ainda ter encontrado 17 papelotes com substância semelhante à cocaína no quarto de Andrea. O caso foi registrado na 2ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) como cárcere privado, lesão corporal, violência psicológica contra a mulher, violência doméstica, estupro de vulnerável, tráfico de drogas e resistência à prisão.

Segundo o advogado, os outros crimes que constam no boletim de ocorrência da Prisão em Flagrante "se tratam de aventura jurídica por parte da autoridade policial, já que não existe nenhum indício de autoria e materialidade, e sim existe contradições e afirmações narradas pelas próprias testemunhas e suposta vítima". Ainda de acordo com a defesa, o cliente "permanece detido de forma ilegal e abusiva, submetido ao constrangimento ilegal (inclusive com violação de domicílio com invasão sem mandado judicial e sem flagrante delito".

O caso chegou à polícia após uma amiga da vítima fazer a denúncia. A testemunha enviou fotos e vídeos da mulher com lesões no rosto. Os policiais, então, montaram uma campana no local. No momento da abordagem, ao perceber a chegada da polícia, Andrea tentou fugir pelos fundos, mas foi contido por três policiais após resistência. A vítima foi resgatada e conduzida à delegacia.

Do outro lado, Eduardo Maurício acusa a vítima de já ter agido de forma semelhante com outro parceiro. "imputou crimes de forma inverídica ao seu ex-marido, nos mesmos moldes que imputa ao Andrea, após consumo excessivo de drogas, e a autoridade judiciária daquele processo revogou todas as medidas protetivas e arquivou o processo, justamente pela denúncia infundada e de má-fé por parte da denunciante"