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Estudantes e funcionários ficaram nervosos no momento do ataque
Da Redação
Publicado em 13 de março de 2019 às 11:28
- Atualizado há um ano
O desespero tomou conta da Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, Grande São Paulo, quando os dois adolescentes invadiram a escola atirando na manhã desta quarta-feira (13). Ao todo, 10 pessoas morreram, incluindo os atiradores.
Os dois adolescentes invadiram a escola atirando, por volta das 9h e depois, os dois se mataram. Além de armas, os suspeitos, que usavam o uniforme da escola, também estariam com armas brancas no momento do ataque.
O estudante Rosni Marcelo Grotliwed, 15 anos, contou ao G1 como conseguiu escapar. “A gente estava na merenda e comendo normal e escutamos 'três pipocos' nisso tentamos correr para pular o muro do CEL. Os caras vieram atrás de nós e começou a matar muita gente. Mas o pente dele descarregou e foi na hora que a gente correu."
Segundo ele, um dos garotos passou com faca ao seu lado, mas ele conseguiu desviar."Fui para a diretoria e tinha muita gente morta no chão. Eles gritavam, mas eu não entendi o que era.""Meu amigo levou facada no ombro e outro levou um tiro. Fugi com um amigo para minha casa e voltei para buscar um amigo.”
A mãe de uma estudante contou que a filha estava em horário de aula. Ela recebeu uma ligação da filha pedindo socorro. "Eu fiquei sabendo porque ela me ligou e me disse: 'mãe, corre pra cá porque tá tendo tiroteio'. Ela estava gritando. A sorte que um vizinho etsava perto e me trouxe. Eu disse pra ela procurar um lugar seguro. Eu peguei carona com uma outra mãe pra chegar", contou Rose.
Para evitar que fossem baleados, eles seguraram a porta da sala. "Ela estava no período de aula e ouviu o barulho e disse que era tiro, mas a professora disse que era bombinha. Só que a professora fechou a porta e saiu. Só que logo a professora voltou correndo, fechou a porta e ficou segurando a porta, porque eles tentaram entrar na sala dela", completou Rose.
Ainda não há informações sobre o que motivou o crime. A polícia encontrou dentro da escola um arco e flecha e garrafas que aparentam ser coquetéis molotov. Há ainda uma mala com fios, e o esquadrão antibombas foi chamado.
Há uma movimentação intensa na porta da instituição. Seis unidades de resgate dos Corpo de Bombeiros, três do Samu, dois de suporte avançado e dois helicópteros Águia (Polícia Militar) estão no local.