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Da Redação
Publicado em 7 de julho de 2021 às 09:27
- Atualizado há 2 anos
Mais de 500 mil vidas podem ser salvas nos próximos seis meses com a vacinação contra a covid-19 de populações de alto risco, de acordo com estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI) publicado nesta quarta-feira. Antes da reunião de ministros da Finanças e dirigentes de bancos centrais do G-20, o organismo relembra sua proposta de investimentos de US$ 50 bilhões em imunização, e afirma que essa é a melhor alocação de recursos públicos possível. O apoio do grupo de países pode ajudar na meta de vacinar ao menos 40% da população de todos os países ao fim de 2021, e ao menos 60% até metade de 2022, segundo o Fundo.>
O panorama global do FMI observa um "aprofundamento das divergências econômicas, com um grande número de países que estão ficando para trás". De acordo com estudos, o mundo está enfrentando uma piora na "recuperação de duas vias", impulsionada por diferenças dramáticas na vacinação, taxas de infecção e capacidade de fornecer suporte econômico.>
"É um momento crítico que apela para uma ação urgente por parte do G-20 e dos legisladores em todo o mundo", afirma o órgão. Segundo a organização, o mundo segue a tendência para um crescimento do PIB global de 6% em 2021, com os Estados Unidos registrando avanço de 7%, o maior desde 1984, retomada que também ganha impulso na China, zona do euro e outras regiões desenvolvidas.>
A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, aponta que o mundo também está de olho na recente alta da inflação, principalmente nos EUA. Há o risco de um processo de aumento nos preços "mais sustentado", o que poderia potencialmente exigir um aperto da política monetária dos EUA, alerta.>
"Outros países enfrentam desafios semelhantes de alto preços de commodities e alimentos", aponta a dirigente. "Taxas de juros mais altas nos EUA podem levar a um forte aperto das condições financeiras globais e saídas de capital significativas de economias emergentes e em desenvolvimento, afirma Georgieva, lembrando que "seria um importante desafio especialmente para países com grandes necessidades de financiamento externo ou níveis elevados de dívida".>
Em nações onde as infecções estão aumentando rapidamente, "é fundamental que famílias e empresas continuem a receber apoio", afirma Georgieva. "Isso requer medidas fiscais direcionadas, dentro de quadros credíveis de médio prazo", lembra a dirigente. "A fim de manter as expectativas de inflação bem ancoradas, grandes bancos centrais devem cautelosamente comunicar seus planos", aponta a líder, lembrando que isso "também ajudaria a evitar o excesso de volatilidade financeira em casa e no exterior".>