Personal é preso suspeito de assediar aluna e culpa 'hormônios'

Caso aconteceu em Goiás e educador físico foi preso, sendo liberado depois

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Publicado em 25 de maio de 2024 às 14:50

Personal trainer é suspeito de assédio
Personal trainer é suspeito de assédio Crédito: PM Goiás / Redes sociais

Um personal, identificado como Bruno Fidelis, é suspeito de assediar uma aluna durante avaliações físicas. A vítima, de 23 anos, denunciou o personal trainer, que alegou ter cometido a importunação sexual porque estava tomando hormônio.

Segundo o G1, a aluna explicou que durante a avaliação física, ele retirou o biquíni para tentar ver a parte íntima e, após ficar sem reação, colocou as mãos sobre os seios para tampar. Em seguida, questionou o que Bruno estaria fazendo.

"Ele riu, pediu desculpa, falou que não conseguiu se controlar porque estava tomando hormônio", disse a vítima à reportagem da TV Anhanguera, afiliada da TV Globo. Após denunciá-lo, o professor chegou a ser preso na última terça-feira (21), mas foi solto no mesmo dia, segundo o delegado Alex Miller.

Outra vítima, de 22 anos, também esteve na mesma delegacia para denunciar o mesmo personal trainer, que explicou ter sido assediada na região dos seios, além de Bruno tentar beijar à força, sem a permissão da jovem. Esse caso teria ocorrido em 2023, mas a vítima só tomou coragem para denunciar após a situação vir à tona nesta semana.

A defesa de Bruno, a princípio, alegou que não havia procedência nas denúncias e negou que o cliente tenha feito algo com "conotação de ameaça, coação ou constrangimento". No entanto, na sexta-feira (24), após a nova denúncia, os advogados informaram que estão aguardando a intimação para prestar novos esclarecimentos.

A vítima de 23 anos chegou a trocar mensagens com Bruno após ele a procurar. O suspeito questionou se a jovem procurou outro avaliador e que ele era "um cara legal", pois tinha ocorrido um mal-entendido. Como resposta, a mulher retrucou: "Não houve nenhum mal-entendido, até porque eu nunca te dei brecha para achar que tinha liberdade comigo, o que você fez, não sei se sabe, mas se chama assédio, o que eu quero é distância".

O delegado explicou que a vítima estava fazendo acompanhamento há 40 dias e, nesse meio tempo, o personal tomou a atitude. A polícia contou que o suspeito disse na delegacia que “revisou as medições do corpo da aluna, mas que não teve intuito de tirar proveito sexual e que foi um mal-entendido por parte dela”.

Após vários pedidos de afastamento, Bruno seguiu procurando a ex-aluna e disparou: "Achei que você estava correspondendo. Me enganei. Por favor, não comente com ninguém. Isso pode me destruir. Te peço que me perdoe”.

A polícia vai seguir investigando o personal e outras vítimas que se apresentarem à delegacia.