11ª Primavera dos Museus reúne atividades gratuitas em Salvador

Evento que vai até domingo (24) disponibiliza palestras, feiras artísticas, oficinas, peças teatrais e exibição de filmes

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  • Vanessa Brunt

Publicado em 18 de setembro de 2017 às 19:32

- Atualizado há um ano

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A 11ª Primavera dos Museus, que começou nesta segunda-feira (18), reúne mais de 900 museus de todo o país, os quais, durante esta edição, oferecem ao público cerca de 2.500 atividades especiais, como visitas mediadas, palestras, oficinas, exibição de filmes, dentre dezenas de outras opções. A temporada, que permanece até domingo (24), é coordenada pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e tem como tema Museus e Suas Memórias.

Na Bahia, o projeto toma a cidade com uma série de ações gratuitas. Participam da programação o Museu de Arte da Bahia (MAB), Museu da Misericórdia, Centro Cultural Solar Ferrão, Museu Tempostal, Museu Udo Knoff de Azulejaria e Cerâmica e LabDIMUS - Laboratório de Educação Digital: Museu, Arte e Cultura. O evento ainda ocorre no Parque Histórico Castro Alves (Cabaceiras do Paraguaçu, no Recôncavo baiano). "O tema proposto pelo IBRAM para a 11ª Primavera dos Museus é bem interessante, pois nos chama a refletir sobre a história das nossas instituições, em como ela se constrói através dos tempos, como elas se fazem presentes na vida das pessoas e dos lugares onde estão inseridas. São as memórias que se constroem para além dos afazeres técnicos e administrativos a partir da conexão entre o museu e a sociedade que, não só fortalece a memória institucional e artística, mas, também, a da coletividade", declara Fátima Soledade, assessora técnica da Dimus.Confira a programação:

LabDIMUS

A partir desta terça-feira (19), o Laboratório de Educação Digital: Museu, Arte e Cultura está incluso no projeto. Ele desenvolve atividades direcionadas às novas mídias digitais, propondo, executando e avaliando as oficinas que desenvolve. As atividades extras e contínuas do espaço integram as diversas linguagens da comunicação: sonora, visual, impressa e audiovisual.  Entre as opções específicas do evento, na terça, o local formula uma oficina de tirinhas. Com o tema Memórias da Infância - Criação de Tirinhas Baseadas Em Lembranças, o curso inicia a partir das 8h30, indo até 12h. O local volta a participar do evento na sexta-feira (22), com uma oficina de HQ formulada para professores, que começa às 8h30 e tem previsão de fechamento às 16h. Na última oficina, os professores irão produzir uma HQ relacionada a determinado conteúdo da disciplina na qual atuam.Serviço Data: 19/09 8h30 às 12h: Oficina de Tirinhas: Memórias da infância - Criação de tirinhas baseadas em lembranças da infância Data: 22/09 8h30 às 16h: Criação de HQ relacionada a determinado conteúdo da disciplina na qual o professor atua

Museu Udo Knoff de Azulejaria e Cerâmica

Na quarta-feira (20), o Museu Udo Knoff, que dispõe de dois ambientes ocupados por materiais referentes à arte da cerâmica e do azulejo e ainda expõe mostras fotográficas, recebe, às 14h, a doutoranda da UFBA Eliana Ursine Mello, que irá discutir como se deu a construção do patrimônio. Já na quinta-feira (21), o restaurador e museólogo Estácio Fernandes fará um circuito de visitações aos azulejos de fachada pelo Pelourinho. A programação ainda prossegue na sexta-feira (22), às 9h, com oficina de poesia musicada e, às 16h, com oficina de origami, que é ministrada pelo grupo de artesãs Criando e Recriando.Serviço Data: 20/09 14h às 16h: A doutoranda da UFBA Eliana Ursine Mello irá discutir como se deu a construção do patrimônio azulejar brasileiro no Século XX Data: 21/09 A partir das 15h: O restaurador e museólogo Estácio Fernandes fará circuito de visitação aos azulejos de fachada e de interiores citado no livro de Udo Knoff. O circuito será iniciado no museu, seguirá pelas ruas do Pelourinho, Igreja Rosário dos Pretos, Casa das Sete Mortes, Casa da Providência, Bairro da Saúde e Nazaré, onde fica o Lar Franciscano Data: 22/09 9h às 11h: PoeMusik – Oficina de Poesia Musicada Memórias de Mim e de Você: Memórias Individuais e Coletivas 16h às 17h: Oficina de Origami do Projeto Criando, Recriando e Transformando em Arte. Parceria com grupo de artesãs Criando e Recriando

Museu Tempostal 

Por conta da 11ª Primavera, a partir da quinta-feira (21), o Museu Tempostal vai disponibilizar, diariamente, às 15h30, uma visita mediada com breve histórico do sobrado e contexto das exposições. A abertura do evento no local conta com pocket show do cantor Chico do Crato e ainda, às 14h30, com palestra sobre historicidade, contada a partir de relatos de Antônio Marcelino (1929-2006). Na sexta-feira (22), o local reúne, às 14h, contação de histórias com o Grupo Contadeiras e, às 15h, com recital de poetisas baianas. 

O acervo do Museu Tempostal é composto por postais, estampas e fotografias, em sua maioria, procedentes da coleção de Antônio Marcelino do Nascimento. As peças, datadas do final do século XIX e meados do século XX, representam imagens de valor histórico, artístico e documental, não só da Bahia e do Brasil, mas também de diversos países do mundo, sobre as mais variadas temáticas. O Museu Tempostal integra os espaços administrados pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC), da Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA).Serviço Data: 21/09 Abertura das atividades. Apresentação de Pocket Show com o cantor Chico do Crato 14h30: Palestra Museu Tempostal: uma viagem no Tempo - Historicidade e memória institucional contada a partir de relatos de Antônio Marcelino.  Data: 22/09 14h: Contação de histórias com o Grupo Contadeiras 15h: Recital com poetisas

Centro Cultural Solar Ferrão

Na sexta-feira (22), como parte da programação, a etnomusicóloga Emília Biancardi lança (em parceria com Terezinha Spínola), o livro O Som dos Esquecidos, às 16h, no Centro Cultural Solar Ferrão (Pelourinho). O lançamento da obra de 151 páginas contará com a participação de integrantes da Orquestra Museofônica e uma apresentação de dança dos alunos da Escola de Dança da Fundação Cultural (Funceb), sob direção do professor Márcio Fidelis. "Será um presente para esta mestre que muito me ensinou na época da Orquestra Popular da Bahia. Levaremos uma coreografia baseada na cultura indígena, que é o que estamos trabalhando este bimestre na Escola de Dança. Apresentaremos os caboclinhos e o toré. Aprendi tudo o que sei com Emília", acrescenta Fidelis. O livro, com fotos de acervo e de Nini Gondim e Luiz Fernando Gondim, reúne informações sobre a pesquisa de Biancardi com os indígenas na Reserva dos Índios Camaiurá, no Xingu, em 1975; além de trazer dados sobre a cultura indígena, em especial a música e os instrumentos musicais. Parte desta pesquisa faz parte da sala Som dos Esquecidos da Coleção de Instrumentos Musicais Tradicionais Emília Biancardi, em cartaz no Centro Cultural Solar Ferrão. Responsável pela maior coleção de instrumentos musicais dos índios no Brasil, a etnomusicóloga Emília Biancardi pretende contribuir para que a cultura musical indígena seja mais conhecida e levada a sério. "Temos exceções, mas no geral as pessoas esquecem que, quando os povos invasores chegaram no Brasil, e depois os negros, os índios já tinham seus instrumentos musicais, já tinham suas músicas e danças. Queremos transmitir esse conhecimento com a coleção e, agora, com este livro", informa Emília. "Os instrumentos musicais tradicionais indígenas da coleção Emília Biancardi formam um dos mais significativos conjuntos do país. Eu vejo o livro de Emília Biancardi e sua parceira Terezinha Spínola não só como um grande tributo à memória dos povos indígenas do Brasil, mas, também como um elemento importante para a manutenção e preservação dessa memória, aqui, alimentada pelos textos e imagens de O Som dos Esquecidos", declara Fátima Santos, coordenadora da Diretoria de Museus do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (DIMUS/IPAC).Serviço Dia: 22/09 16h: Lançamento do livro O Som dos Esquecidos / Tributo ao indígena Brasileiro: Máscaras que Tocam - Aula pública da Orquestra Museofônica

Parque Histórico Castro Alves (Recôncavo)

O Parque Histórico Castro Alves contempla a programação da 11ª Primavera dos Museus em todos os dias possibilitados. No ambiente, é possível visitar o museu biográfico Parque Histórico Castro Alves (PHCA), numa área de 52 mil metros quadrados. O acervo convida os visitantes a mergulharem no universo do porta-voz literário da Abolição da Escravatura no Brasil, através de seus poemas, informações e objetos pessoais dele e familiares. Além do museu, o parque contém um anexo com sala multimídia, auditório, biblioteca, infocentro, reserva técnica, refeitório e administrativo. Na área de Mata Nativa, os visitantes podem fazer uma trilha e visitarem o Pouso de Adelaide, o Anfiteatro, a Cruz da Estrada, a Fonte e o Marco da Fazenda.  Na segunda-feira (18), o local disponibilizou uma oficina de porta-retratos e, nesta terça-feira (19), a partir das 19h, formula um sarau de música e poesia, onde o público interage com a intérprete Priscila Sales e se manifesta artisticamente por meio de musicais, dramatizações, danças, declamações poéticas e outras artes e expressões de ideias.  Ainda na terça, e se prolongando até a quarta-feira (20), das 9h às 15h, o local abrange uma representação do Boi Bumba apresentada por jovens da comunidade, visando resgatar a cultura através da dança e do samba de roda. Ainda no dia 19, ficando até a sexta-feira (22), o Parque organiza rodas para contação de histórias diversas; as rodas ocorrem das 10h às 13h. E, da terça até o domingo (24), o espaço produz uma visita guiada, que relata a história do Poeta Castro Alves com passeios explicativos nos jardins, nas nascentes d'água e nas trilhas ecológicas, conscientizando sobre a importância da preservação. Prosseguindo a programação, na quinta-feira (21), às 15h, o Parque recebe o teatro de fantoches Apresentando, do grupo A Turma do IPAC. Já no sábado (23), é apresentado o espetáculo A Hora da Estrela, baseado na obra de Clarice Lispector. E, para fechar as atividades relacionadas ao evento, o Parque ainda traz uma feira de artesanato, com produtos confeccionados pela comunidade local. A feira ocorre das 9h às 13h, somente no domingo (24).

O público pode ainda usufruir dos projetos socioeducativos: Conhecendo as Nascentes; Sarau no Parque: Música, Poesia e Arte nos Finais de Tarde; Brincando no Parque como no Tempo de Nossos Avôs; Oficina de Teatro; Baú de Memórias e Sopa de Letras. Anualmente, o parque também promove o Festival de Declamação de Poemas de Antônio Frederico de Castro Alves. O Parque Histórico Castro Alves (PHCA), integra os espaços administrados pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC), da Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA).Serviço Data: 19/09 19h: Sarau no Parque: Música, Poesia e Arte. Com Priscila Sales. .

Data: 19 e 20/9 9h e 15h: Representação do Boi Bumba Data: 19 a 22/09 10h às 13h: Sopa de Letras - Contação de histórias, estimulando a prática da leitura Data: 19 a 24/09 9h às 13h: Visita monitorada relatando a história do poeta Castro Alves Data: 21/09 15h: Teatro de Fantoches - Apresentando da peça A Turma do IPAC  Data: 23/09 20h: Grupo Teatral Frutos Utopia – Espetáculo: A Hora da Estrela. Baseado na obra de Clarice Lispector. Data: 24/09 9h às 13h: Feira de artesanato com produtos confeccionados pela comunidade local