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Estadão
Publicado em 6 de setembro de 2023 às 10:05
Antônio Carlos Rosa de Oliveira e José Antônio Rimes perderam o processo movido contra os cantores Milton Nascimento e Lô Borges, e a gravadora EMI (que hoje integra a Universal), iniciado em 2012. A informação é do jornal Folha de S.Paulo. A Justiça do Rio de Janeiro prescreveu o caso no final de agosto. Os homens alegam danos morais e uso indevido da imagem por terem os seus rostos estampados no disco Clube da Esquina, de 1972. >
Denominados "os meninos" da capa, os dois foram clicados em uma área rural pelo fotógrafo pernambucano Carlos Filho, o Cafi, um ano antes. Eles ficaram sabendo que a imagem se tornou uma das mais icônicas da música brasileira apenas 40 anos depois. Conhecidos como Cacau e Tonho, eles abriram um processo e pediram R$ 500 mil.>
"Nunca soube disso", disse Tonho em entrevista à Folha de S Paulo. "Fui correndo no advogado e contei a história todinha. Acho que eles não podiam ter feito isso comigo. Poderiam ter avisado meu pai ou minha mãe. Não ajudaram em nada.">
A decisão tomada no dia 24 agosto, assinada pelo juiz da 1ª Vara Cível da Comarca de Nova Friburgo (RJ), Marcus Vinicius Miranda Gonçalves da Silva de Mattos, entendeu que o caso já prescreveu e que, na época, houve uma "notória divulgação universal da obra artística".>
O magistrado também reconheceu os argumentos da defesa dos cantores, que disse que os dois são responsáveis apenas pelas músicas. A publicação das fotos nas capas de "LP e CD", no entanto, são de responsabilidade da gravadora.>