Com o progresso do tratamento, pessoas que vivem com HIV/AIDS podem ter melhor qualidade de vida(1)

Diagnóstico precoce e início de tratamento imediato com antirretrovirais reduzem as complicações da doença(1); parceria da GSK/ViiV Healthcare prevê fabricação no Brasil de medicamento inédito

  • D
  • Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2020 às 06:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: .

Com a evolução dos tratamentos, a infecção pelo HIV/AIDS deixou de ser uma sentença de morte, passando à condição crônica manejável, mas continua desafiando a sociedade¹. Ainda são necessárias campanhas de conscientização para alertar sobre a importância da prevenção, do diagnóstico e do tratamento precoces2. No Brasil, há em torno de 920 mil pessoas vivendo com HIV, segundo o Relatório de Monitoramento Clínico do Ministério da Saúde de 20203 – no estado da Bahia, são 14.241 casos de infecção de HIV notificados entre 2007 a 20204.

Embora o Brasil tenha reduzido o número de óbitos relacionados à doença, que caiu 29,3% – de 5,8 por mil habitantes, em 2009, para 4,1 por mil habitantes em 2019 – a infecção pelo HIV tem crescido entre os jovens. A maioria dos casos no país é registrada entre os meninos/homens faixa etária de 15 a 29 anos4.

Na Bahia houve declínio de 11,8% na coeficiente padronizado de mortalidade nos últimos dez anos de monitoramento. Apesar disso, a capital Salvador apresentou o inverso, com aumento de 6,9% neste mesmo indice, com 6,2 obitos por 100 mil habitantes4.

Outro dado preocupante é o aumento dos casos de HIV/AIDS em idosos4. Em determinados locais no mundo, estima-se que em 2030, 70% da população com HIV será composta de pessoas acima de 50 anos5.

Inúmeros fatores contribuem para o aumento do número de jovens e idosos com HIV, sendo o principal deles o não uso de preservativo durante as relações sexuais1. No caso da terceira idade, podemos adicionar o fato de hoje ter uma maior oferta de medicamentos contra a disfunção erétil, o que ajudou a prolongar a vida sexual6.

Por outro lado, a testagem ainda é um tabu: estima-se que existam aproximadamente 100 mil brasileiros vivendo com o vírus sem saber3. Além do risco de contaminar outras pessoas o desconhecimento sobre sua condição sorológica, pode privar o indivíduo do início precoce do tratamento antirretroviral7.

O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito a partir da coleta de sangue ou por fluido oral. No Brasil, há exames laboratoriais e os testes rápidos, que detectam os anticorpos contra o HIV em cerca de 30 minutos. Esses testes são realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nas unidades da rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) e alguns testes rápidos podem ser encontrados a venda nas farmácias8.

Segundo o infectologista e líder médico da GSK ViiV Healthcare, Rodrigo Zilli,  garantir o tratamento precoce do HIV, é possível diminuir as complicações relacionadas às infecções pelo vírus, assim como reduzir as chances de transmissão e mortalidade, possibilitando ao paciente ter uma vida de qualidade9.

“Além disso, o acesso à terapia antirretroviral tem reduzido o estigma e a discriminação contra pessoas vivendo com o HIV em muitos países. Mas, ainda, são necessárias campanhas de conscientização da população sobre a importância do diagnóstico e de incentivo à testagem para que o tratamento seja iniciado o quanto antes”, complementa o médico.

No Brasil, o tratamento contra o HIV é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde7. O Programa Nacional de DST/AIDS do governo brasileiro, é reconhecido mundialmente por sua ampla atuação no campo de direitos humanos, prevenção e tratamento do HIV, responsável por  controlar a infecção e melhorar a qualidade de vida dos pacientes com HIV em tratamento10.

Investimento em ciência

A evolução no manejo da infecção do HIV/AIDS no Brasil – hoje caractecterizada como doença crônica – se deve também às alianças estratégicas entre empresas privadas e institutos de pesquisa públicas, por meio de transferências de tecnologia e expertise para se produzir localmente os medicamentos cada vez mais inovadores.

Um exemplo é a recente parceria entre a GSK, que por meio da ViiV Healthcare se dedica exclusivamente ao desenvolvimento e produção de medicamentos para o HIV - e o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz). Esta aliança permitirá o desenvolvimento de antirretrovirais no Brasil, melhorando a capacidade nacional de produção de medicamentos para o tratamento de pessoas que vivem com HIV. A colaboração prevê a fabricação local de uma combinação de dois medicamentos já existentes, que resultará em uma nova terapia que pode trazer mais qualidade de vida e menos efeitos colaterais aos pacientes.

Clique na imagem para ampliar:

ReferênciasBRASIL. Ministério da Saúde. Saude de A a Z – AIDS/HIV. Disponível em: . Acesso em: 31 ago. 2020. UNAIDS. 90-90-90 Uma meta ambiciosa de tratamento para contribuir para o fim da epidemia de AIDS. Disponível em: . Acesso em: 31 ago. 2020. BRASIL. Ministério da Saúde.  Departamento de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Relatório de Monitoramento Clínico do HIV 2020. Disponível em: Acessado em: 03 dez. 2020 BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Boletim Epidemiológico de HIV/AIDS 2020. Disponível em: . Acesso em: 03 dez. 2020 WING EJ. HIV and aging.International Journal of Infectious Disease. 53:61-68.2016. O ESTADO DE SÃO PAULO. Casos de HIV e AIDS entre idosos crescem. Disponível em: . Acesso em: 31 ago. 2020. BRASIL. Ministério da Saúde.Tratamento para o HIV Disponível em: . Acesso em: 31 ago. 2020. BRASIL. Ministério da Saúde. Diagnóstico do HIV. Disponível em: . Acesso em: 31 ago. 2020. UNAIDS. O poder dos medicamentos antirretrovirais: as metas de tratamento 90-90-90 para todos. Disponível em: . Acesso em: 31 ago. 2020. Telelab. ONU aponta Brasil como referência mndial no controle a Aids. Disponível em: . Acesso em: 31 ago. 2020. NP-BR-HVX-PRSR-200008 – Dezembro/2020

Assinantura Estudio Correio
O Estúdio Correio produz conteúdo sob medida para marcas, em diferentes plataformas.