Lexus RX 500h tem três motores e rodas traseiras que viram para facilitar manobras

Confira a opinião do editor de veículos do CORREIO e um vídeo com o piloto baiano Patrick Gonçalves

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  • Antônio Meira Jr.

Publicado em 7 de junho de 2023 às 12:10

- Atualizado há um ano

. Crédito: Fotos: Divulgação
Sofisticação e tecnologia se destacam na cabine da versão 500h FSport

Divisão de veículos premium da Toyota, a Lexus atua no Brasil com um portfólio enxuto, com apenas quatro modelos. Um sedã, o ES, e três SUVs: UX, NX e RX. Em comum, todos contam com motorização híbrida. A grande novidade está a bordo da nova geração do RX, que está chegando ao Brasil.

Oferecido na configuração 500h, o RX é o único modelo da marca no país que conta com turbo no motor a gasolina. Esse propulsor de 2.4 litros e quatro cilindros atua em conjunto com duas máquinas elétricas. O funcionamento é assim: o motor a combustão traciona o veículo enquanto o elétrico instalado na dianteira gera energia para o traseiro.

Em arrancadas ou retomadas mais fortes, os três atuam em conjunto. Em velocidade de cruzeiro ou saídas lentas, o propulsor a gasolina é desligado. Basta pressionar o acelerador com mais força para que ele volte a funcionar.

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A potência combinada desse trio é de 371 cv e são 46 kgfm de torque, o que proporciona uma aceleração de 0 a 100 km/h em 6,2 segundos. A eficiência energética não é o destaque: 10,5 km/l na cidade e 10,8 km/l na estrada. No entanto, é um carro grande, com 4,89 metros de comprimento e 2.100 kg de peso.

Mas o RX tem atributos que vão além da propulsão, e que justificam os R$ 564.990 que a Lexus cobra pela versão F-Sport. A começar pelo avançado sistema de controle por voz, que o condutor acessa por meio da frase "Olá, Lexus". Se optar por fazer isso em forma de toques, uma das opções é acessar diretamente a tela de 14 polegadas da central multimídia.

A tecnologia está presente também no sistema de tração nas quatro rodas. Chamado de Direct4, ele que monitora e controla constantemente a quantidade de torque de acionamento e a força de frenagem fornecida entre os dois eixos do veículo. Ou seja, há uma melhor distribuição da tração entre as rodas.

Eixo traseiro direcional Uma das curiosidades nessa nova geração do RX está no eixo traseiro. Ele funcionada da seguinte forma: ao monitorar a velocidade do veículo, o sentido da direção e as entradas do motorista, o sistema calcula constantemente o ângulo ideal para todas as quatro rodas a qualquer momento.

Em velocidades abaixo de 80 km/h, as rodas dianteiras e traseiras giram em direções opostas para facilitar a manobra; acima dessa velocidade, eles giram na mesma direção - no máximo 4 graus, o que proporciona excelente controle e precisão, sustentados por segurança e estabilidade.

Concorrentes fortes A expectativa da Lexus é comercializar 150 unidades do RX neste ano. No total, a empresa pretender vender 1 mil unidades no país, com destaque para o NX.

Entre os modelos que irá rivalizar, estão o BMW X5 e o Volvo XC60. Entre os diferenciais do Lexus estão os cinco anos de garantia, sendo que é a única marca do segmento premium com essa cobertura.

Entre os equipamentos, destaque para o sistema de pré-colisão que detecta pedestres e motociclistas, controle de velocidade adaptativo, sistema de correção de saída de faixa, farol alto adaptativo, monitor de ponto cego e sistema de estacionamento autônomo em vagas paralelas ou perpendiculares.

A BORDO DO RX 500H O lugar favorece: Circuito Panamericano, uma pista com traçado inspirado nos melhores autódromos do mundo. Foi lá que testei para valer o RX 500h F-sport. Já na arrancada, uma mistura de sensações, ao pisar o pé sem medo, os três motores (dois elétricos e um a gasolina) conseguem te empurrar no banco e mostrar a força desse híbrido-turbo.

Ao mesmo tempo, um barulho instigante e satisfação ao perceber cada mudança de marcha do câmbio de seis velocidades, mas sem perder a linha do conforto e segurança. Piloto baiano acelerou o SUV em um autódromo e conta suas impressões Essa mistura de sensações é resultado da tração integral, que distribui a potência nas rodas de maneira a proporcionar mais conforto aos passageiros sem perder performance. Por fora, ele é grande, mas a Lexus conseguiu fazer um carro "na mão" e entregar uma boa experiência de direção.

Na hora da curva, mais tecnologia pode ser percebida no momento que as rodas traseiras esterçam seguindo as dianteiras. É isso mesmo, elas viram juntamente com as dianteiras até um ângulo de 4 graus e trazem mais estabilidade ao SUV.  Para estacionar, esse sistema proporciona maior eficiência, podendo diminuir em até 1 metro o diâmetro de uma manobra, por exemplo.

Patrick Gonçalves, piloto de competição