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Lula fala sobre plano para matar Sérgio Moro: 'Mais uma armação'

"É visível que é uma armação do Moro, mas eu vou pesquisar e vou saber o porquê da sentença", disse

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  • Da Redação

Publicado em 23 de março de 2023 às 17:50

 - Atualizado há um ano

. Crédito: Arquivo/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) considerou que a revelação feita pela Polícia Federal de um plano para atacar o ex-juiz da Lava Jato e deputado federal Sergio Moro (União) é "mais uma armação". A declaração foi dada pelo presidente durante sua visita ao Complexo Naval de Itaguaí, na região metropolitana do Rio, onde está a linha de produção do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) da Marinha do Brasil, nesta quinta-feira (23). "Eu não vou falar, porque acho que é mais uma armação do Moro, mas eu quero ser cauteloso. Eu vou descobrir o que aconteceu", iniciou Lula ao ser questionado. 

O petista chegou a ser associado, sem provas, pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao caso. Lula tem questionado a validade da decisão judicial que liberou a PF cumprir mandados de prisão. 

A juíza que expediu os mandados é Gabriela Hardt. Apesar de ser juiza substituta na 13ª Vara Criminal, substituindo Sérgio Moro, mas está dando expediente na 9ª Vara Criminal, cobrindo período de férias de outro magistrado. 

"É visível que é uma armação do Moro, mas eu vou pesquisar e vou saber o porquê da sentença. Até fiquei sabendo que a juíza não estava nem em atividade quando deu o parecer para ele, mas isso a gente vai esperar. Eu não vou ficar atacando ninguém sem ter provas. Eu acho que é mais uma armação e, se for mais uma armação, ele vai ficar mais desmascarado ainda", ponderou Lula. 

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, repudiou o que chamou de 'narrativas falsas nas redes sociais que tentam vincular' declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o ex-juiz Sergio Moro à Operação Sequaz, que investiga planos de ataque ao senador. "É vil, leviano e descabido fazer qualquer vinculação desses eventos com a declaração. É mau-caratismo tentar politizar uma investigação séria", afirmou

Dino afirma que soube há 45 dias, pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), do planejamento para a execução de ações violentas. Logo em seguida, acionou a diretoria-geral da PF, relatou. Nessa linha, o ministro argumentou que 'não há como' vincular declaração dada por Lula nesta terça, 21, a uma investigação que 'tem meses'.

Plano para matar Sergio Moro

Nesta quarta-feira (22), a PF tornou pública a Operação Sequaz contra uma quadrilha ligada ao PCC que pretendia atacar servidores públicos e autoridades, planejando assassinatos e extorsão mediante sequestro em quatro Estados e no Distrito Federal. O ex-ministro da Justiça no governo Bolsonaro era um dos alvos da facção.

Investigadores do caso desconfiam que toda a vigilância sobre a família do ex-juiz tinha como mais provável objetivo o sequestro do senador; sua mulher, a deputada federal Rosângela Moro (União Brasil-SP); e dos filhos, que seriam mantidos reféns em uma das chácaras, para obrigar o Estado a negociar a libertação de Marcola ou sua retirada do sistema penal federal.