Polícia e usuários de drogas entram em confronto na cracolândia

Policiais militares e fotógrafos ficaram feridos durante ação

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  • Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2017 às 21:15

- Atualizado há um ano

Policiais militares se protegem de pedras lançadas pelos dependentes químicos no Centro de São Paulo (Foto: Tiago Queiroz/Estadão Conteúdo)Policiais militares e dependentes químicos entraram em confronto na tarde desta quinta-feira (23) , na Cracolândia, região central da capital paulista. Os usuários de drogas fizeram barricadas e atearam fogo para impedir o avanço das forças de segurança. Já os policiais usaram balas de borracha, bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral. Ao menos cinco policiais militares e dois fotógrafos ficaram feridos.  Segundo informações da Polícia Militar, a confusão começou após a prisão de dois suspeitos (de roubo e tráfico) na Alameda Barão de Piracicaba. Um grupo de pessoas foi para cima dos agentes da Guarda-Civil Metropolitana que efetuaram as prisões. Acuados, os agentes buscaram apoio do Corpo de Bombeiros. Ainda de acordo com a PM, dependentes químicos jogaram pedras e paralelepípedos em direção aos bombeiros. Em nota, a Secretaria da Segurança Pública afirma que "cerca de 300 pessoas se aglomeraram e começaram a atear fogo em lixo, arremessar pedras e outros objetos contra a PM".O coronel Alexandre Gasparian, comandante do policiamento na área, afirmou que um grupo de usuários de drogas também tentou invadir o Corpo de Bombeiros. A Força Tática e o Grupamento Aéreo foram enviados à região para reforçar o policiamento.FeridosO fotógrafo Dario de Oliveira foi baleado na perna. Socorrido por moradores e comerciantes da região, ele foi levado ao hospital pelos bombeiros. Segundo o relato de jornalistas, cinegrafistas e fotógrafos que estavam no local, o tiro partiu do chamado fluxo. Não se sabe se a bala era de fogo ou borracha. A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) divulgou nota na qual diz repudiar a agressão aos profissionais de imprensa feridos. "Mais uma vez, é inaceitável que o trabalho da imprensa esteja tão vulnerável aos ataques de agentes públicos que deveriam zelar pela segurança da população", afirma a entidade na nota.A sede da Guarda-Civil Metropolitana, localizada na Alameda Dino Bueno, na regão da crocolândia, montou uma linha de bloqueio para evitar o avanço dos dependentes químicos sobre os agentes. Outro grupo de dependentes químicos tentou ocupar a Rua Helvétia, mas foi impedido por um bloqueio feito pela Polícia Militar. A tensão continuou até os grupos de dependentes químicos se dispersarem.