'Não temos nenhum rastro do submarino', diz porta-voz da Marinha

Sinalizadores detectados nesta quarta eram de embarcação britânica

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  • Da Redação

Publicado em 22 de novembro de 2017 às 16:22

- Atualizado há um ano

. Crédito: AFP

O porta-voz da Marinha da Argentina, Enrique Balbi, conversou com a imprensa nesta quarta-feira (22) em Buenos Aires e confessou: "não temos nenhum rastro do submarino". A embarcação ARA San Juan está desaparecida desde a quarta-feira (15). As buscas continuam.

O mais recente sinal que poderia levar à localização da embarcação foi a detecção de três sinalizadores de emergência por parte do navio inglês Protector. Depois que a confusão foi desfeita, ficou a frustração. "Não são do submarino", explica Balbi.

Embarcações com sonares, um avião do Brasil e outro dos EUA foram até a área de onde vinham os sinais. O submarino não foi localizado. Outros sinais, captados pela manhã, já foram investigados e descartados. O ponto fica a 300 km da costa da cidade de Puerto Madryn. No mesmo ponto, a Marinha dos EUA disse ter localizado com os aviões uma "mancha de calor" a 70 metros de profundidade.

Balbi também comentou relatos de ruídos ouvidos por pessoas que estão nos navios das buscas. "É uma zona muito cheia de barcos pesqueiros, estamos investigando cada um dos ruídos reportados, mas não há indícios que algum venha dele".

A Marinha direcionou esforços para a área ao leste da Península Valdes, onde sinalizadores teriam sido vistos. 

Segundo o porta-voz, caso o submarino esteja submerso, já entrou em uma "fase crítica", pois é o sétimo dia desde que sumiu e a autonomia da embarcação em termo de oxigênio já está no limite.  Submarino passou por reforma (Foto: Reprodução) Desaparecimento O submarino militar, com 44 tripulantes, perdeu contato com a terra e provocou uma busca massiva, que mobilizar pelo menos duas aeronaves e três embarcações. A última comunicação foi feita na manhã de quarta, e na quinta-feira (16) à tarde começou a ser executado um protocolo internacional, dando início a uma operação de busca. "Aeronaves e navios da Armada estão na zona da última posição conhecida", explicou Balbi.

A Marinha assinalou que "realiza operações para retomar as comunicações com o submarino". A última comunicação do submarino ocorreu às 7h30 local de quarta-feira, com posição estimada "430 km do ponto mais próximo da costa a sudeste da Península de Valdés", um pouco além do limite das 200 milhas.

A Armada negou uma versão da imprensa de um suposto incêndio no submarino, enquanto trabalha com a hipótese de um problema nas comunicações.

"Pode-se associar um problema de baterias por falta de alimentação elétrica", sustentou Balbi, explicando que quando o submarino detecta a falta de contato com o exterior este deve ir à superfície, segundo o protocolo.

"Até o momento não foi ativada a baliza de radiolocalização", declarou Balbi sobre o dispositivo de emergência. O "ARA San Juan" é um dos três submarinos da Marinha argentina, que o incorporou em 1985. Trata-se de um tipo TR-1700, construído no estaleiro Thyssen Nordseewerke de Edemen, na Alemanha, e colocado na água em 20 de junho de 1983.