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Da Redação
Publicado em 11 de dezembro de 2012 às 07:21
- Atualizado há um ano
Durante quatro dias, em outubro e novembro, o Fórum Agenda Bahia reuniu 16 palestrantes e mais de 30 debatedores no auditório da Fieb. Especialistas de renome nacional e internacional apresentaram exemplos de soluções implantadas nos quatro cantos do planeta. Também nos seminários, empresários, estudiosos e secretários de governo debateram ações que melhor se encaixam para a realidade baiana. Destaco a seguir algumas medidas reveladas dos seminários do Agenda Bahia.
Em Infraestrutura, o vice-governador e secretário de Infraestrutura, Otto Alencar, anunciou, no debate ‘A Reinvenção da Região Metropolitana’, a definição de um gestor para buscar soluções integradas para os problemas da Região Metropolitana. Com tanto crescimento, Salvador e suas cidades próximas acumulam problemas comuns, como aconteceu na Espanha décadas atrás.
O engenheiro Manuel Herce, um dos responsáveis pela transformação de Barcelona para as Olimpíadas, apresentou o modelo usado por lá para pensar soluções conjuntas para as cidades da Região Metropolitana de Barcelona. Herce e os demais palestrantes deste dia também chamaram a atenção para uma prioridade a ser definida pelas cidades baianas, com destaque para Salvador: além de cuidar da mobilidade urbana, deve-se investir em calçadas. “Ruas sem pedestres são ruas vazias, sem lojas, prédios cheios de grades erguidas pela insegurança. Afeta a qualidade de vida dos moradores e a economia da cidade”.
Em Sustentabilidade, o secretário estadual de Fazenda, Luiz Petitinga revelouque já no primeiro semestre de 2013 o governo irá encaminhar à Assembleia projeto de lei com o ICMS Ecológico. O modelo baiano seria modernizado, sem a criação de um novo imposto, como já aconteceu com outros estados, incluindo critérios de sustentabilidade para os municípios.
No mesmo dia, o economista Sergio Besserman, um dos mais influentes ambientalistas do País, alertou para a necessidade de um novo modelo de produção e consumo para minimizar os efeitos do aquecimento global. O investimento de Salvador em sustentabilidade, garantiu, reforçaria uma marca valiosa para a cidade no mundo.
Já em Agronegócio, a preocupação com a escassez da água também esteve presente. O secretário de Agricultura, Eduardo Salles, anunciou a criação de um Selo Verde para estimular os produtores agrícolas no melhor uso dos recursos hídricos. O ex-ministro de Agricultra, Roberto Rodrigues, alertou que o Brasil deve liderar um projeto global de segurança alimentar e energética, com sustentabilidade. Mas é preciso avançar em questões como o investimento em infraestrutura para aumentar a competitividade do agricultor brasileiro – e baiano.
No último seminário, o de Turismo, o secretário Domingos Leonelli se entusiasmou com a sugestão do empresário Joaquim Nery de um grande São João em Salvador para aproveitar a presença de turistas para a Copa das Confederações e o Mundial.
Pelo terceiro ano, o Agenda Bahia se consolida como o principal fórum de debates sobre os problemas e potencialidades do estado, com a participação cada vez mais ativa do empresariado, das autoridades e em torno de pautas que, se bem encaminhadas, ajudarão a reduzir o gap de desenvolvimento da região.
*Rachel Vita é editora executiva de conteúdo do Agenda Bahia