Receba por email.
Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Linha Fina Lorem ipsum dolor sit amet consectetur adipisicing elit. Dolorum ipsa voluptatum enim voluptatem dignissimos.
Da Redação
Publicado em 15 de fevereiro de 2018 às 05:43
- Atualizado há um ano
Arrisco dizer que nunca foi tão difícil educar como é hoje em dia. Tanto para os pais quanto para os professores. Com toda essa tecnologia fazendo parte do cotidiano de crianças e adolescentes, como atrair a atenção dos alunos para os métodos tradicionais de ensino? A competição entre livros e cadernos com tablets e celulares chega a ser por vezes desleal. As ferramentas tecnológicas ganham de lavada o interesse dos alunos. E, em razão disso, não dá mais para os educadores fugirem desses recursos em sala de aula. As chamadas TDICs – Tecnologias Digitais de Informação e de Comunicação – podem e devem ser incorporadas nas práticas educativas. E te garanto que todos – alunos e professores – serão mais felizes, e o processo de ensino e aprendizagem, muito mais prazeroso.
Não adianta remar contra a maré; os estudantes de hoje em dia são nativos digitais. Para eles, tudo é online e a tecnologia é algo muito óbvio e natural. Por isso é tão difícil hoje despertar interesse pelo que foge a esse universo. De acordo com a pesquisa TIC Kids Online Brasil, 22 milhões (91%) das crianças e adolescentes brasileiras acessaram a internet pelo celular em 2016. Então, como não incorporar esse recurso como ferramenta pedagógica?
O desenvolvimento de aplicativos educacionais que auxiliam na alfabetização e no aprendizado da matemática, de ciências e de idiomas está bastante avançado e rico em conteúdo de qualidade. Diversas editoras também têm agregado conteúdo digital a seus livros didáticos. É só buscar os que mais se encaixam em seu planejamento educacional, que deve ser bem elaborado, com objetivos definidos. Dessa forma, os recursos tecnológicos tendem a ser um complemento no desenvolvimento das atividades em sala de aula, potencializando novas formas de aprendizagem.
Sim, é um desafio usar a tecnologia a nosso favor. Muitas vezes parece mais fácil lutar contra ela do que gerenciar o “efeito zumbi” que ela causa nos jovens. Afinal, a maioria de nós é um professor que está inserido em uma sala de aula no estilo do século 19, com a formação do século 20 e alunos do século 21, como dizia a mestra e especialista em Educação Carolina Defilippe. Para mudar esse cenário, é preciso capacitação com foco específico em tecnologia. Também é necessário engajamento e coragem para mudar a didática tradicional. Práticas inovadoras são sempre bem-vindas e devem ser integradas aos conteúdos.
Precisamos valorizar as inteligências múltiplas da nossa geração de alunos, que consegue interagir de diversas formas e executar inúmeras atividades ao mesmo tempo. Porém, é preciso direcioná-los pedagogicamente e tecnologicamente. Sem esse tipo de orientação, eles provavelmente se perderão no caminho da aprendizagem, desviando-se do foco proposto pelo professor. Esse é o papel que o educador moderno deve exercer em sala de aula.
Luis Antonio Namura Poblacion é Presidente da Planneta e engenheiro eletrônico pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), com especialização em marketing e administração de empresas