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Estadão
Publicado em 6 de março de 2024 às 23:35
Nesta quarta-feira, 6, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro da vacina Spikevax do tipo monovalente contra a covid-19, já atualizada para a XBB 1.5, uma variante da Ômicron. O produto, registrado pela Adium do Brasil e fabricado pela empresa Moderna, é a segunda vacina monovalente atualizada com essa variante e autorizada pelo órgão regulador. Em dezembro de 2023, a Pfizer também recebeu aval para a atualização da sua vacina Comirnaty contra a XBB 1.5. >
De acordo com Evaldo Stanislau, médico infectologista no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), ambas as vacinas podem ser aplicadas a partir de 6 meses de idade, mas uma vantagem da Spikevaz, da Moderna, é que a imunização depende de apenas duas doses para crianças, enquanto a da Pfizer exige três aplicações até os 5 anos - isso nos pequenos sem vacinação prévia contra a covid-19. Nos adultos, ambas as vacinas são aplicadas em uma única dose.>
De forma geral, Stanislau considera que as vacinas monovalentes representam um passo adiante na adaptação às transformações do vírus, mas não diminuem a importância das vacinas bivalentes, que atuam contra a cepa original e outras variantes já não tão prevalentes no cenário atual. Cabe destacar que a bivalente mais recente, produzida pela Pfizer, protege contra o vírus que circulou durante o ápice da pandemia e as sublinhagens da Ômicron BA4 e BA5.>
"Os dois tipos (mono e bivalentes) conseguem proteger contra as formas graves da doença, hospitalizações e óbitos", reforça o infectologista.>
Desenvolvida com base na recomendação de entidades globais de saúde pública, a vacina da Moderna recebeu sinal verde para ser utilizada como início do esquema vacinal. Além disso, segundo comunicado da empresa, a plataforma mRNA usada no novo imunizante permite sua rápida atualização, acompanhando, assim, as mutações do coronavírus.>
Três anos após a primeira morte pelo coronavírus, o Brasil ultrapassou, na última quinta-feira, 28, a marca de 700 mil vítimas pela doença. "A emergência de saúde pública para covid-19 acabou, mas o vírus continua a circular e sofrer mutações", disse Glaucia Vespa, diretora médica regional para vacinas na América Latina da Adium, em parceria com a Moderna. "Por isso, é importante que as pessoas mantenham a sua vacinação atualizada, assim como é feito com outras doenças infecciosas, como a gripe", acrescentou.>
Segundo Thiago Barbosa, diretor comercial da Adium, o próximo passo após a aprovação da vacina é a definição do preço pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), para que o imunizante possa ser disponibilizado ao mercado nacional.>