Carla Zambelli diz que pedido de prisão da PGR é inconstitucional

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) se pronunciou, nesta terça-feira (3), após a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão preventiva da parlamentar. A PGR também pediu a inclusão do nome da deputada na lista de difusão vermelha da Interpol, o que permitiria sua prisão internacional.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, ela diz que deputados federais não podem ser presos a não ser em flagrante delito em um caso que não seja afiançável. "Não é um crime inafiançável que eles estão me acusando, injustamente, de ter cometido. E também não estou sendo presa em flagrante. Então, essa é uma prisão inconstitucional", afirmou.

Balançando a cabeça negativamente, ela continua: "Mais uma vez o STF, o procurador-geral da República tentando cair em algo inconstitucional. Vão rasgar nossa Constituição de novo?".

Zambelli, que disse ter cidadania europeia, está nos Estados Unidos e, depois, irá para a Europa, alegando precisar de um tratamento de saúde. Ela saiu do Brasil 20 dias depois de ser condenada a 10 anos de prisão.

A deputada responde a dois processos no STF. Em um deles, foi condenada a 10 anos de prisão, em regime inicial fechado, e à perda do mandato pela invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Em outro, responde por perseguir um homem com uma pistola na véspera do segundo turno das eleições de 2022, em São Paulo.