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Yan Inácio
Estadão
Publicado em 3 de junho de 2025 às 16:59
Em representação enviada ao ministro Alexandre de Moraes, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF), a prisão preventiva da deputada Carla Zambelli (PL).>
A deputada responde a dois processos no STF. Em um deles, foi condenada a 10 anos de prisão, em regime inicial fechado, e à perda do mandato pela invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Em outro, responde por perseguir um homem com uma pistola na véspera do segundo turno das eleições de 2022.>
Mais cedo, Carla Zambelli informou que está fora do Brasil e que vai se licenciar do mandato para denunciar o STF junto à comunidade internacional, assim como fez o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).>
"Queria anunciar que estou fora do Brasil já faz alguns dias. Eu vim, a princípio, buscando tratamento médico que eu já fazia aqui e, agora, eu vou pedir para que eu possa me afastar do cargo", afirmou a deputada em transmissão no YouTube.>
Ao fazer a declaração, Zambelli disse citou o correligionário Eduardo Bolsonaro (PL), que também deixou o país e se licenciou do cargo. "Tem essa possibilidade da constituição, acho que as pessoas conhecem um pouco mais essa possibilidade hoje em dia porque foi o que o Eduardo [Bolsonaro] fez também", disse.>
Os ministros da 1ª Turma declararam a perda automática do mandato da deputada, com chancela da Mesa Diretora da Casa. No entanto, os parlamentares avaliam que a decisão sobre a perda do mandato é do plenário da Câmara e não da Mesa Diretora.>
O advogado Daniel Bialski deixou a defesa da deputada após a informação vir a público. Ele afirmou que abandonou o caso por "motivo de foro íntimo".>
"Eu fui apenas comunicado pela deputada que estaria fora do Brasil para dar continuidade a um tratamento de saúde. Todavia, por motivo de foro íntimo, estou deixando a defesa da deputada, como já lhe comuniquei", informou em nota o advogado.>