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'É o Pix que está em jogo na disputa do tarifaço', diz ministro Sidônio Palmeira, em Salvador

Sidônio Palmeira participou de um evento da ABAP Bahia, na capital baiana, nesta sexta-feira (25)

  • Foto do(a) author(a) Rodrigo Daniel Silva
  • Rodrigo Daniel Silva

Publicado em 25 de julho de 2025 às 21:32

Em Salvador, Sidônio comentou sobre o tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Em Salvador, Sidônio comentou sobre o tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump Crédito: Marina Silva/CORREIO

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira, esteve em Salvador nesta sexta-feira (25) e comentou sobre o tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Segundo Sidônio, a medida adotada pelo republicano está diretamente relacionada ao sucesso do Pix, sistema que, segundo ele, tem dificultado a saída de recursos e mantido mais dinheiro circulando dentro do Brasil - o que incomodaria grandes empresas americanas. A nova tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados aos EUA entra em vigor na próxima sexta-feira (1º).

“O Pix não dá para negociar. É uma questão de soberania, uma soberania digital. Foram os profissionais do Banco Central que construíram o Pix. Não foi o Vale do Silício. Esse produto ajuda o povo brasileiro a fazer negócios, sem cobrar. O custo é zero. É um produto genuinamente brasileiro”, declarou, durante um evento promovido pela ABAP Bahia, na sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb).

O Pix não dá para negociar. É uma questão de soberania, uma soberania

Sidônio Palmeira

Ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social 

Sidônio afirmou que grandes empresas americanas do setor financeiro lucravam significativamente quando as transações eram feitas por meio de cartões de crédito e débito - cobrando, em média, 3% sobre operações no débito e até 5% no crédito. No entanto, com a popularização do Pix, essas companhias - como Mastercard e Visa - perderam espaço e receitas substanciais. Segundo o ministro, isso tem gerado pressão do governo dos Estados Unidos para enfraquecer ou até mesmo extinguir o sistema brasileiro de pagamentos instantâneos.

O ministro também ressaltou para os riscos de o Pix passar a ser operado por empresas privadas do setor financeiro, em vez de continuar sob gestão do Banco Central. De acordo com ele, essa mudança colocaria em perigo a privacidade dos brasileiros, já que essas empresas teriam acesso a informações detalhadas sobre todas as transações financeiras feitas no país. Atualmente, o Pix movimenta cerca de R$ 2,5 trilhões por mês. “É isso que está em jogo. É complexo esse negócio. Mas a postura do governo é: ‘o Pix é meu, é seu, é do Brasil’. Essa é a campanha. O Pix é um patrimônio do povo brasileiro”, frisou.

Evento com participação de Sidônio Palmeira aconteceu na sede da Fieb
Evento com participação de Sidônio Palmeira aconteceu na sede da Fieb Crédito: Marina Silva/CORREIO

Sidônio salientou ainda que o governo brasileiro está aberto ao diálogo com os Estados Unidos, mas não aceitará negociar questões de cunho político, como o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ou interesses relacionados às big techs. “Por quê? Porque você não pode interferir no outro poder. Isso é uma questão de soberania. Quem tem que julgar é o Judiciário. Nem tem nada a ver com o Executivo”, frisou.

Sidônio pontuou que hoje 12% das exportações brasileiras têm como destino os EUA, mas já chegaram a ser 30%.

Apesar das críticas dos Estados Unidos ao Brasil por causa do Pix, o sistema de pagamentos instantâneos foi lançado em território americano. Desde este mês, varejistas nos EUA já podem ativar o Pix em suas maquininhas e oferecê-lo como forma de pagamento. A iniciativa visa aproveitar o aumento previsto no fluxo de turistas brasileiros ao país no próximo ano. Com a realização da Copa do Mundo, a expectativa é de que o número atual - cerca de 1,9 milhão de brasileiros viajando anualmente aos EUA - cresça significativamente.

Também no evento, Sidônio defendeu as ações do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como o programa Pé de Meia.