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Da Redação
Publicado em 31 de janeiro de 2018 às 09:46
- Atualizado há 2 anos
O desemprego no Brasil seguiu em queda e ficou em 11,8% no quarto trimestre de 2017, atingindo 12,3 milhões de pessoas, 5% a menos do que nos três meses anteriores. Apesar de as taxas indicarem uma tendência de queda a cada trimestre, a qualidade dos empregos não melhorou, já que a maioria das vagas não oferece carteira assinada.>
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da pesquisa Pnad Contínua.>
No ano de 2017, a taxa média de desocupação registrada foi de 12,7%, a maior da série histórica do IBGE, que começou em 2012.>
“Houve um aumento de pessoas ocupadas. Isso já era esperado por conta dos empregos temporários que são oferecidos no fim do ano, sobretudo no comércio. O que chama a atenção é que, nos últimos anos, por conta do cenário econômico ruim, mesmo no fim do ano esse movimento não era percebido”, disse Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.>
A população ocupada chegou a 92,1 milhões de pessoas no quarto trimestre de 2017: uma alta de 0,9% em relação ao trimestre anterior.>
Qualidade do emprego piorou>
Entre os ocupados, a quantidade de pessoas empregadas com carteira de trabalho assinada atingiu 33,3 milhões. Houve estabilidade em relação ao terceiro trimestre, mas recuou 2% sobre um ano atrás. A quantidade de trabalhadores sem carteira assinada também ficou estável frente ao trimestre anterior, em 11,1 milhões, mas cresceu 5,7% na comparação com o quarto trimestre de 2016.>
Também cresceu o número de pessoas que decidiram trabalhar por conta própria e chegou a 23,2 milhões. A alta foi de 1,3% em relação ao período de julho a setembro, e de 4,8% sobre o último trimestre de 2016. Na média anual, o trabalho por conta própria envolvia 25% dos trabalhadores - ou 22,7 milhões de pessoas.>
“Podemos dizer que este foi o ano da desaceleração da desocupação. No entanto, a qualidade do emprego não melhorou, uma vez que a maioria desses empregos não possui carteira assinada. São pessoas que trabalham por conta própria ou entraram no mercado sem garantias trabalhistas.”>
Para o coordenador do IBGE, "não há qualquer indício de recuperação dos empregos com carteira assinada".>
O contingente de trabalhadores domésticos também avançou 3,1%, reunindo 6,4 milhões de pessoas no quarto trimestre de 2017. Em relação a um ano antes, a alta foi ainda maior, de 4,3%.>
O nível da ocupação, que é o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, foi estimado em 54,5%. No trimestre de julho a setembro de 2017, havia ficado em 54,1% e, no quarto trimestre de 2016, em 54%.>
Rendimento>
O rendimento médio dos trabalhadores ficou em R$ 2.154. O valor ficou praticamente igual nas duas bases de comparação.>