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Da Redação
Publicado em 19 de março de 2018 às 13:54
- Atualizado há 2 anos
Enquanto a abertura do 8º Fórum Mundial da Água ocorria, hoje (19), no Palácio do Itamaraty, com a presença do presidente Michel Temer e de chefes de Estado, outras autoridades também discursaram no local oficial do evento, o Centro de Eventos Ulysses Guimarães, em Brasília.>
Entre eles, o presidente honorário do Conselho Mundial da Água, Loïc Fauchon, que destacou a necessidade de proteção dos recursos hídricos e a importância de implantar os objetivos do fórum.>
“Nossos recursos naturais não estão protegidos e a água é um dos recursos escassos em quantidade e em qualidade”, disse. “E nós queremos oferecer segurança hídrica para o mundo, estabelecer um equilíbrio para termos água hoje e no futuro”.>
Segundo ele, o Fórum Mundial da Água, que vai até o dia 23, vem se tornando um encontro indispensável para a comunidade internacional debater sobre a sustentabilidade dos recursos hídricos.>
“Nossa responsabilidade é assegurar a disponibilidade de água para todos os lugares”, disse. “O mundo está em crises, crises políticas, diplomáticas, militares e, principalmente, crises de alimentação, saneamento e ambientais, muitas delas relacionadas à escassez de água. Os desastres naturais estão se tornando cada vez mais maiores e bilhões de pessoas estão sofrendo por isso, ao passo que a urbanização está crescendo e a pobreza se espalhando. As populações estão clamando por acessos a serviços públicos básicos”, argumentou.>
Para alcançar a universalização dos recursos hídricos, segundo ele, é preciso combinar as boas ideias com o desenvolvimento de tecnologias, adotar processos mais sustentáveis de uso da água, respeitando a biodiversidade e protegendo os sistemas. “É uma obrigação cívica e moral para as futuras gerações. Esse é um serviço caro e a equação da vontade política é essencial”, disse.>
Fauchon explicou ainda que o sucesso do que ele chama de “boom da água” depende de três pilares: finanças, governança e tecnologia. “Precisamos de diplomacia para explorar novas fontes de água e assegurar que ela chegue aos países pobres. Compartilhar água é um conceito muito fácil de formular e difícil de cumprir”, disse ele sobre o tema do fórum: Compartilhando Água.>
Participação das comunidades>
Para o diretor da Itaipu Binacional, Pedro Domaniczky, os grandes atores nas ações de desenvolvimento sustentável não são apenas os governos, mas as comunidades. “As pessoas precisam passar de ser meros observadores e serem protagonistas”, disse, ressaltando que o compromisso dos jovens e das mulheres são essenciais nesse processo.>
Sob o lema do fórum, Domaniczky destacou a inciativa de Brasil e Paraguai que, há 45 anos, dividem a Usina de Itaipu. “Dois países-irmãos que viram não apenas um rio que divide, mas um rio que une dois países, para gerar conhecimento e, principalmente, sustentabilidade”, disse.>
Também participaram da abertura do fórum no Centro de Eventos Ulysses Guimarães o diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Erik Solheim; o gerente de Infraestrutura e Meio Ambiente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), José Agustín Aguerre; o diretor da Agência Nacional de Águas (ANA) e diretor-executivo do fórum, Ricardo Andrade; o presidente-executivo da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), Venilton Tadini; e o presidente da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa), Paulo Salles.>
Ao final da cerimônia, os Correios lançaram o selo comemorativo do 8º Fórum Mundial da Água.>