Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Giuliana Mancini
Publicado em 11 de outubro de 2025 às 12:21
Intérprete de Odete Roitman no remake de "Vale Tudo", da Globo, Debora Bloch acabou deixando escapar uma pista sobre quem matou a vilã. Em entrevista ao "Conversa com Bial" na última sexta-feira (10), a atriz contou que gravou cenas simulando o tiro com todos os suspeitos, mas apenas um disparo teve efeito de sangue. "Ah… estou falando demais", comentou Debora, percebendo que havia revelado além do que desejava.>
Durante a conversa com Pedro Bial, ela detalhou quantos tiros precisou encenar e falou sobre as motivações dos personagens César (Cauã Reymond), Marco Aurélio (Alexandre Nero), Maria de Fátima (Bella Campos), Celina (Malu Galli) e Heleninha (Paolla Oliveira).>
5 principais suspeitos da morte de Odete Roitman em 'Vale Tudo'
"Cinco, porque são cinco suspeitos", falou. "Gravei com todos", completou a atriz. O anfitrião quis saber maiores detalhes da cena, e perguntou: "Todos fazem o mesmo gesto dando o tiro?". Debora respondeu: "Todos dando o tiro, é", confirmou. "Você teve que tomar todos esses tiros ou o tiro foi um só, e atirando é que foram vários takes?", perguntou Bial.>
A artista então explicou que só um disparo teve efeito especial de sangue que deixaria a marca icônica na parede - ao contrário do que a autora Manuela Dias havia indicado em entrevista ao Fantástico. "Todos atiraram. E eu fiz o gesto para todos. Porém, um tiro que a gente tinha um efeito [de sangue]... Não é ketchup. É uma mistura de várias coisas".>
"Dois tiros?", questionou Bial. "Não, um tiro que atravessa. Tem que ter ela escorregando. Essa cena icônica... Deixando a marca do sangue e marca do tiro na parede", explicou Debora. "Ah… Estou falando demais", percebeu a atriz logo depois.>
Quem dormiu com Odete Roitman?
A atriz também comentou como o público reagiu à morte de Odete, citando pesquisa do Datafolha que mostrava que muitos fãs preferiam que a vilã fosse punida, mas não morta. "Acham que [a punição] não é a morte, mas a pobreza ou a prisão. Para usar uma palavra de Odete, eu achei mais civilizado querer que ela seja punida do que querer que ela morra", ressaltou a atriz.>
"Eu acho que, na vida real, Odete deveria ser julgada, condenada e punida. E sem PEC da blindagem. E sem anistia. Porém, na novela, nosso melodrama, eu acho que precisa da catarse de assassinar o vilão", completou.>
Debora ainda elogiou as mudanças de Manuela Dias no remake, como a decisão de Leonardo (Guilherme Magon) estar vivo. "Foi uma surpresa muito legal, acho que trouxe uma nova camada para a novela e para a personagem. Ela se tornar uma assassina... Eu acho que ela veio com mais camadas de crueldade nesse sentido. A Manuela trouxe para a personagem um empoderamento para a mulher de 60 muito interessante", avaliou.>
Ela também revelou como descobriu que Leonardo sobreviveu: "Isso foi todo um segredaço. Um dia eu estou saindo dos estúdios e vem no corredor, em minha direção, Paulo Silvestrini [diretor] e Luciana [Monteiro], nossa produtora: 'Debora, precisamos fazer uma reunião com você'. Falei: 'Ah, meu Deus, o que aconteceu? Está tudo dando errado'. Achei que já era um problema", relatou.>
"Entramos no camarim, fechamos as portas, ninguém podia ouvir. E eles me contaram essa nova trama de Leonardo. E só eu ia receber o texto. Nem alguns diretores que me dirigiram tinham recebido o texto. Então foi uma loucura", continuou.>
"A Malu [Galli] ficava... A gente gravando as nossas cenas, e ela: 'O que está acontecendo que não vêm os textos? Você sabe?'. Eu: 'Não. Também não sei o que foi'. Eu não podia contar, porque eles me fizeram jurar de pé junto que eu não ia falar para ninguém, só eu que ia saber", finalizou.>
O último capítulo do remake de Vale Tudo será exibido na sexta-feira (17). A novela será substituída por Três Graças, de Aguinaldo Silva, a partir de 20 de outubro.>