Habitação popular terá investimentos de R$ 350 bilhões em 15 anos

Os benefícios deverão ser destinados para famílias com renda de até cinco salários mínimos

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  • Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2009 às 00:50

- Atualizado há um ano

Cerca de R$ 350 bilhões deverão ser investidos nos próximos 15 anos na construção de moradias populares, segundo medida anunciada nesta quarta-feira (07) pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e os presidentes do Banco Central, Henrique Meirelles, e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho. O valor será investido para a construção de unidades habitacionais que devem ser destinadas para famílias com renda de até cinco salários mínimos. Segundo Paulo Safady Simão, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), em 2009, cerca de 300 mil unidades além do previsto deverão ser construídas. Simão informou ainda que  as medidas de estímulo se concentrarão em subsídios, na redução de impostos para o consumidor final, na elaboração de um cadastro de bons pagadores, na redução de taxas de cartório e na desburocratização da casa própria.Os recursos utilizados no programa virão do Orçamento da União, do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), da receita de concessões públicas, e também da iniciativa privada.JUROS  -  O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Luiz Aubert Neto, informou ainda nesta quarta-feira (07) que o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Márcio Cypriano, pediu a Henrique Meirelles que antecipasse a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central para reduzir os juros antes do previsto.Caso seja confirmada, a queda na taxa Selic pode impulsionar as ações de liberação de recursos para a construção de residências.Na avaliação dos investidores a reunião do Copom, que está marcada para 20 e 21 de janeiro,  deve anunciar a diminuição da taxa Selic em 0,5 ponto percentual, de 13,75% para 13,25% ao ano. A estimativa consta do último Boletim Focus, pesquisa do Banco Central com instituições financeiras divulgada na segunda-feira (5).No início de dezembro, o Copom não estabeleceu viés de redução para a Selic, quando os juros podem ser alterados a qualquer momento por determinação do presidente do Banco Central. Meirelles, no entanto, tem poder para convocar uma reunião extraordinária para discutir os juros básicos.

(com informações da Agência Brasil)