Seriguela de Lata: os micos e flopadas do Carnaval 2024

Claudia Leitte não emplacou o Liquitiqui e disfarce de famosos é jogada de marketing

É verdade que, terminado o Carnaval, o que fica na memória são as boas lembranças da festa. Aquela música inesquecível, uma atitude bacana de um artista, uma frase bonita que o cantor disse no trio... Mas vamos reconhecer que tem também muitos micos na festa, né? Sempre tem uma música que flopou, um artista que perdeu a voz ou aquela dancinha que não conquistou ninguém. Por isso, o CORREIO criou o troféu Seriguela de Lata, para lembrar os piores momentos do Carnaval deste ano. Sim, e o nome é uma referência ao prêmio norte-americano Framboesa de Ouro, que, em oposição ao Oscar, premia os piores filmes do ano.

Um dos micos em 2024 foi protagonizado por Claudia Leitte, que prometeu fazer sucesso com a sua Liquitiqui, mas a canção não vingou. E não adiantou todo o esforço da cantora: ela fez um clipe "solar", se juntou ao haitiano J. Perry e à banda Kes - de Trinidad e Tobago - e fez campanha nas redes sociais para tentar emplacar a canção. Mas, definitivamente, não rolou!

Os trava-línguas do refrão; os trechos em inglês e em outros idiomas; a dancinha sem graça... Não sabemos dizer qual fator mais contribuiu para que a música não conquistasse o público. Mas o fato é que flopou. Outro que não conseguiu o sucesso de outros carnavais foi Márcio Victor, com uma canção que se chama, ironicamente, Música do Carnaval. Nem Bell Marques conseguiu popularizar sua Meu Carnaval com Você. Até as 18h desta terça-feira, nenhuma das três músicas tinha alcançado sequer 1% da preferência do público no Troféu CORREIO de melhor música. Veja abaixo outros "vencedores" do Siriguela de Lata.

Famosos divulgando seus disfarces

Pra começar, vamos combinar que celebridades deveriam ter o direito de curtir seu Carnaval em paz, sem que fossem assediados o tempo inteiro, né? Mas, em tempos de selfies, eles não conseguem dar um passo sequer sem que alguém peça uma fotinha. A solução para eles, então, é se disfarçar e tentar curtir a festa como um anônimo. Até aí, tudo bem. Mas parece que a coisa virou uma competição entre os famosos, que não perdem a chance de divulgar suas fantasias nas redes sociais e só faltam dizer "viu como sou esperto e enganei vocês?". Do jeito que tá, parece que virou uma grande jogada de marketing para bombar nas redes sociais e ganhar o tal "engajamento" dos fãs. Em Salvador, Anitta usou uma máscara da série La Casa de Papel e Alok pôs uma máscara cirúrgica. E Lore Improta, no Pipoco, se fantasiou de palhaça. E, como perguntar não ofende... pra quê divulgar seu disfarce, se a intenção é se disfarçar?!

Carla Perez irritada com o motorista

Carla Perez retou com o motorista de seu próprio trio elétrico e até ameaçou parar o desfile de seu bloco infantil, o Pipoca Doce. Com medo de a estrutura decorativa do carro se chocar com um fio elétrico, a dançarina pediu que o veículo fosse parado e mudasse o trajeto. É verdade que ela até se controlou para ser educada, mas perdeu a paciência: "Por favor, dê [uma] ré em respeito a todas as pessoas que não estão em cima do trio. Não vamos colocar a vida dos outros em risco. Eu sou mãe! Caramba! E antes de ser mãe, eu sou um ser humano, poxa! Respeita!". Depois, a loura deu uma bronca generalizada em sua equipe: "O pessoal tem que se ligar!"

Sthe Matos e sua equipe de seguranças

A influenciadora baiana Sthe Matos até que é bem popular nas redes sociais - só no Instagram, ela tem onze milhões de seguidores. Mas parece que ela andou exagerando na segurança pessoal e contratou desnecessariamente seis profissionais para protegê-la quando ia para o trio de Ivete. O vídeo que circulava nas redes mostrava que o povo não tava lá muito curioso para saber quem era a celebridade que, além de todo aquele aparato, escondia o rosto embaixo de um capuz. Nas redes, a galera não perdoou, fazendo questão de dizer que não fazia ideia de quem se tratava.

Kannário e seu vocabulário

O cantor Igor Kannário é famoso pelas encrencas em que se meteu desde o início da carreira. No fim do mês passado, foi acusado de dar um soco num homem, que, segundo o artista, estava olhando para sua filha de "forma maldosa". Durante o Carnaval, o Kannário até que se esforçou, pedindo paz aos que estavam na sua pipoca. Mas em alguns momentos, não se controlava, como aconteceu na segunda-feira no Campo Grande, quando a saída de seu trio estava atrasada. "Abre essa p****! Só comigo que tem essa put**** de demorar pra sair?!". Calma, calabreso... você tem todo direito de ficar chateado com o atraso. Mas não pega bem este linguajar em público, né? É bom lembrar que palavras também podem soar como violência.

O Correio Folia tem apoio institucional da Prefeitura Municipal de Salvador