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Darino Sena
Publicado em 15 de agosto de 2017 às 04:01
- Atualizado há um ano
O número mais assustador na campanha dos baianos no Campeonato Brasileiro é o aproveitamento do Vitória como mandante – 24,4%. São apenas duas vitórias em 11 partidas disputadas em Salvador, nove delas no Barradão. De temido a ridículo...
O dado, infelizmente, não é um fato isolado. É o reflexo de um processo de perda de identidade dentro de campo, que não começou agora. E que já custou muito dissabor, revolta e decepção ao torcedor rubro-negro. Vou poupá-lo das lembranças... Os culpados? Uma sucessão de dirigentes, jogadores e treinadores medíocres.
Gente ruim, que maltratou, e ainda maltrata, um dos principais motivos de orgulho rubro-negro – a soberania no Manoel Barradas. O Vitória chegou a ficar longos oito anos sem perder pro maior rival em casa. O Bahia não era o único a sofrer. Em seus domínios, o Leão deu goleadas históricas em outros clubes tradicionalíssimos – São Paulo (5x1, em 2000), Flamengo (5 x 1, em 2004), Vasco (5x0, em 2008) e Santos (6x2, em 2009).
Hoje, o time não consegue sequer manter média de um gol como mandante no Campeonato Brasileiro – em 11 jogos, marcou apenas 10. Já são inaceitáveis sete derrotas em casa, com direito a goleada (1x4 pro Vasco) e revezes contra equipes rebaixáveis, como Chapecoente (1x2) e Avaí (0x1), no último sábado.
Pra evitar o rebaixamento, o Vitória precisa melhorar o aproveitamento em casa. Pra voltar a ser respeitado e até temido, o Vitória tem que reaprender a jogar e a se impor no Barradão.
Bizarrices Cobramos muito, e com razão, os dirigentes e treinadores pela draga de Bahia e Vitória no atual Campeonato Brasileiro. Não são os únicos culpados. Os jogadores também não ajudam. Sábado o Vitória poderia ter vencido o Avaí e melhorado um pouco o rendimento medonho no Barradão, se Neilton fosse mais eficiente. Maior investimento do clube na temporada, o ex-jogador do Botafogo perdeu pênalti quando o jogo ainda estava empatado sem gols e ainda desperdiçou duas oportunidades claríssimas de gol.
No Bahia, o show de horrores do final de semana foi ainda pior. Os quatro gols sofridos diante do Atlético-PR, na Arena da Baixada, foram resultado direto de falhas individuais. Matheus Reis meteu a mão de bola de forma bisonha na área, numa disputa pelo alto que não representava perigo algum. Pênalti bem marcado e convertido por Nikão. No segundo, o capitão Tiago perdeu completamente o tempo da bola e Thiago Heleno nem precisou saltar pra cabecear e fazer. No terceiro, Eder se antecipou ao goleiro Jean e mandou contra as próprias redes. No último, o Juninho foi dar um passe para trás e acabou servindo pra Nikão começar a jogada que terminaria no gol de Sidcley.
Arrancada tricolor? A partir de domingo o Bahia tem uma tabela bastante favorável. Dos próximos seis jogos, quatro serão na Fonte. Dos dois fora, um é contra o lanterna Atlético-GO; o outro é contra o Cruzeiro, que prioriza a Copa do Brasil e pode poupar gente. Também envolvidos em outras competições estão outros dois adversários em casa na sequência – Botafogo e Grêmio. Se conseguir aproveitar o contexto favorável, o Bahia ganha força no campeonato e um treinador efetivo – Preto Casagrande. Senão...
Darino Sena é jornalista e escreve às terças-feiras