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Ivan Dias Marques
Publicado em 27 de outubro de 2017 às 05:00
- Atualizado há um ano
Ainda que Pipeline seja o quintal da casa de John John Florence, Gabriel Medina chegará à última etapa do Mundial de Surfe, a partir de 8 de dezembro, com reais chances de conquista do bicampeonato mundial. O atual líder do ranking, que só precisa chegar à final, só conseguiu um resultado igual uma vez nos últimos seis anos, lá em 2013. Por outro lado, Medina alcançou a decisão do Pipeline Masters por duas vezes, em 2014 e 2015, mas ficou com o vice em ambas. Entre os quatro postulantes ao título, apenas Julian Wilson, o que tem menos chances, já venceu nas ondas tubulares da etapa, justamente em 2014, quando Medina disputou a final já com o título conquistado, após a derrota de Mick Fanning na repescagem. O outro concorrente, o sul-africano Jordy Smith, é que tem os piores resultados em Pipeline. Caso não consiga o bicampeonato, não é difícil entender aonde Medina precisa melhorar para chegar numa melhor situação à última etapa em 2018. Florence venceu apenas uma vez em 2017, mas fez outras quatro semifinais e mais três quartas: consistência. O brasileiro levou dois títulos, tem um 2º lugar, mas oscilou demais. O retrato disso, em particular, é a perna australiana do Mundial, em que Medina conquistou um 3º lugar em Gold Coast, mas foi mal em Margaret River (25º, ainda que descartado) e Bells Beach (13º). No ano em que se sagrou campeão, o pior resultado dele nessas etapas foi um 9º lugar em Bells. A favor de Medina, mas também de Florence, conta uma estatística interessante: nos últimos 11 anos apenas um surfista foi campeão em Pipeline mais de uma vez: Kelly Slater, que não é qualquer um. Além disso, a etapa costuma aprontar surpresas, como os títulos improváveis de Jeremy Flores (2010), Kieren Perrow (2011) e Michel Bourez, no ano passado.
Feminino No feminino, a briga é mais intensa, com cinco surfistas com chances. As australianas Sally Fitzgibbons, Tyler Wright e a americana Courtney Conlongue estão separadas por apenas 2.900 pontos. A brasileira Silvana Lima (12ª) luta mesmo é pra permanecer na elite.
Itacaré Por falar em surfe, a Bahia recebe desde quinta (26), em Itacaré, mais uma etapa do Qualifying Series, a divisão de acesso do Mundial. Os baianos Bino Lopes e Marco Fernandez ainda possuem chance de chegar à elite, mas precisam de ótimos resultados, principalmente na perna havaiana, com duas etapas de 10 mil pontos, mas cheia de surfistas da elite. A etapa de Itacaré dá módicos 1.500 pontos ao vencedor, mas conta com atletas com vasta experiência no CT, como Jadson André, Alejo Muniz e o veterano Raoni Monteiro. Ou seja, não vai ser fácil sair como campeão.
Sem esportividade Triste a decisão arbitrária da federação dos Emirados Árabes de não exibir a bandeira de Israel e proibir o hino do país de ser executado durante o Grand Prix de Judô de Abu Dhabi. Independentemente das diferenças políticas, que são históricas, o esporte precisa estar acima disso, senão, é melhor nem se propor a organizar competições dessa magnitude.
*Ivan Dias Marques é subeditor do Esporte e escreve às sexta-feiras