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Rodrigo Daniel Silva
Publicado em 24 de junho de 2025 às 05:00
Amigos, o ser humano é, por natureza, um ser desejante. Estamos sempre em busca de algo. Nossos desejos mudam ao longo da vida por diversos motivos, mas há um que permanece constante: o desejo de prosperar. E é por esse desejo que, ao que tudo indica, a eleição de 2026 - seja nacional ou estadual - passará inevitavelmente. >
No início deste século, o brasileiro acreditava que o caminho para a prosperidade era claro: concluir os estudos, entrar na universidade e conquistar um emprego com carteira assinada. Esse era o sonho, e os governos de esquerda foram hábeis em compreender e atender a essa expectativa. Mas duas décadas se passaram, e os desejos das pessoas mudaram.>
Milhões de brasileiros entraram em faculdades - muitas delas despreparadas para formar profissionais de qualidade - e se viram, após a formatura, sem emprego ou em trabalhos mal remunerados, com jornadas exaustivas. O sonho universitário não trouxe a prosperidade tão prometida. O resultado foi frustração. A ideia de que o diploma era a chave para a felicidade se desmanchou no ar.>
Segundo a Tendências Consultoria, quase metade dos brasileiros de classe média já não vê mais o diploma universitário como essencial. E estamos falando de um grupo que representa 50,1% da população do país. >
Uma pesquisa recente do Datafolha aponta que 59% dos brasileiros preferem trabalhar por conta própria a ter um emprego formal. Ou seja, como o diploma e a CLT parecem ter falhado em garantir a prosperidade, o brasileiro está apostando no empreendedorismo.>
E é aqui que está o ponto central: os políticos que não entenderem esse novo desejo vão fracassar nas urnas de 2026. Políticos são, antes de tudo, vendedores de esperança - e não bloqueadores dos sonhos do povo.>
É claro que essa mudança trará impactos, como na Previdência: se menos pessoas contribuem, quem pagará as aposentadorias? >
Essa é uma preocupação legítima. Talvez por isso haja resistência por parte de muitos governantes em abraçar essa nova realidade. Mas resistir é um erro. >
O papel dos líderes deve ser criar mecanismos que protejam e garantam a renda de quem empreende, não barrar esse movimento. A eleição de 2026 será vencida por quem souber vender esperança de prosperidade. E, desta vez, essa esperança tem um novo nome: empreendedorismo.>