Série protagonizada pela baiana Camila Lucciola fala de amor e sexo na pandemia

Dates, Likes e Ladrilhos é exibida às segunda no Canal Brasil e também pode ser vista no Globoplay

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  • Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2022 às 06:00

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Atriz, bailarina e roteirista, a baiana Camila Lucciola, de 37 anos, deixou Salvador logo que completou vinte anos e partiu para o Rio de Janeiro para estudar na Casa de Artes de Laranjeiras (CAL). Por muito tempo, dividia seu tempo entre o estudo pela manhã, o trabalho como vendedora à tarde e os ensaios à noite. Uma rotina corrida -  que ela não fazia ideia de viver um dia - mas que tem lhe levado a vários lugares. 

Depois de participar de produções no teatro, cinema e na TV, Camila dá um novo passo em sua trajetória: a estreia do projeto  Dates, Likes e Ladrilhos, uma minissérie de nove episódios que vai ao ar no Canal Brasil sempre às segundas-feiras, 21h30, e também vai ficar disponível no Globoplay. Além de dar vida a Juliana, personagem principal da produção, ela também assina o roteiro com a escritora Juliana Frank. A minissérie é dirigida por Fabiana Winits.

A comédia romântica é fruto de uma oficina de roteiros que a atriz estava fazendo no começo da pandemia, ainda em 2020. Ela deu um estalo e decidiu que iria fazer a minissérie. Se hoje já é permitido que se vá a praia, passeios e a vida voltou para os trilhos, há dois anos, mortes, indefinições e desconhecimento estavam no foco. E nada de contatos físicos.  Juliana é a personagem de Camila em nova minissérie (Foto: Divulgação) Camila contou com o apoio de artistas como Marcelo Faria, Caco Ciocler, Fabíola Nascimento, Danilo Mesquita, Fernanda Nobre, além das já citadas Juliana Frank e Fabiana Winits para rodar em um set bem pequeno a trama, que gira em torno de uma previsão feita por uma cartomante a Juliana, de que ela encontraria o seu par perfeito.

No desenrolar da história, vão aparecendo diferentes  pretendentes para Juliana - uma romântica lidando com os seus desejos sexuais em um período marcado pelo isolamento, trazendo reflexões sobre temas como a solidão, feminismo, afetividade e amor próprio. 

“Não tinha nem vacina quando a gente começou a gravar, eu não imaginava que dois anos depois a gente conseguiria viver normalmente. A gente tinha muita dúvida de como seriam as coisas. Graças a Deus voltamos à vida, estamos socializando, trabalhando sem precisar de confinamento”, afirma.

A gravação foi concluída em cerca de 10 dias. “Foi super difícil, mas também muito bom de realizar. Estávamos confinadas, era tudo reduzidíssimo. Todo mundo se ajudava numa força tarefa belíssima e inesquecível pra mim”, recorda. 

Na televisão, Camila atuou em trabalhos como Sessão de Terapia, dirigida por Selton Mello, interpretando Stella, mulher do personagem David (Rodrigo Santoro).E também nas novelas Segundo Sol e Saramandaia, ambas na Globo. No cinema, poderá ser vista no filme Nosso Lar 2, dirigido por Wagner de Assis e com estreia marcada para o ano que vem. 

A pandemia a motivou a  escrever e assim ter mais autonomia sobre seus trabalhos. “Quero fazer mais cinema, fiz pouquíssimo e quero fazer mais. Quero muito continuar escrevendo roteiro, que é uma coisa que descobri há pouquíssimo tempo e já tenho alguns projetos, sigo estudando, fazendo cursos para me aperfeiçoar”, conta a atriz. Camila Lucciola também quer se especializar em roteiro (Foto: Divulgação) A meta, diz, é poder viver de sua profissão. Ciente de que esse é um privilégio para poucos, ela trabalha e estuda para se manter. “É uma profissão difícil, que não depende só de mim. Depende de convite, teste, audição. E acho que a gente tem um protagonismo muito centralizado nas mesmas pessoas. E olhe que ainda falo no lugar de uma mulher branca, dentro dos padrões estéticos, e ainda assim é dificílimo”, inicia a atriz, antes de relembrar de perrengues que passou, como ter de amenizar o sotaque. 

Salvador e a cultura baiana são referenciais na vida de Camila. A família que ela tem no Rio é a de Marcelo Faria, seu ex-marido, pai de Felipa, de 11 anos, com quem mantém uma boa relação. A arte, inclusive, faz parte da família soteropolitana dela, que é cunhada de Russo Passapusso - marido de sua irmã, a apresentadora Pâmela Lucciola. 

“Tenho absoluto orgulho de ser baiana e não é conversa da boca da fora. Ter vindo da Bahia dita quase tudo que sou: princípios, caráter, dança, musicalidade. Quando vim pra cá, sentia muita falta do som da Bahia, do sotaque, das pessoas, da música, da conversa do dia a dia das pessoas na rua”, conta.