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Lateral afirmou que equipe precisa melhorar aspectos além da qualidade técnica em campo
Da Redação
Publicado em 30 de junho de 2022 às 19:43
- Atualizado há um ano
Nos preparativos para enfrentar o Figueirense sábado (2), o lateral direito Alemão, do Vitória, destacou que é o momento do time voltar a vencer em casa. Ele atribuiu a campanha ruim do clube, que briga contra o rebaixamento na Série C, aos fracassos dentro do Barradão.
“Essa sequência de derrotas em casa foi o primordial para essa má fase. A gente sabia que essas vitórias que não conseguimos concretizar em casa foram primordiais para nos encontrarmos beirando a zona de rebaixamento”, declarou o jogador.
Alemão espera que o time faça sua parte para receber o apoio da torcida nesta reta final da competição. “Quanto à torcida, a gente tem que ter uma resposta dentro de campo e começar a ganhar para que o torcedor possa acreditar novamente. A gente sabe que o nosso momento não é bom e entende o torcedor também, sabemos que a cobrança chega, né? E é difícil hoje o torcedor acreditar em classificação”, afirmou.
Ao ser questionado sobre a maior dificuldade do elenco no campeonato, Alemão disse que, em muitos jogos, o Vitória “não soube jogar a Série C”.
“Acho que nós não entendemos ainda o que é a Série C. A gente não encarou a Série C como Série C. Essa mentalidade está mudando, e a gente tem que pensar em jogar como Série C. Quem é de fora acha que é fácil, mas não é. Acho que é uma competição muito mais difícil do que uma Série A e uma Série B. Estou falando mais difícil, não de mais qualidade. É um jogo mais truncado, às vezes é em campo ruim, às vezes é uma logística diferente, tem que viajar dois, três dias antes. Não serve como muleta, mas acho que quando a gente entender que a Série C é mais disputada do que mais qualificada, pode ter uma vantagem maior”, disse.
Veja outros destaques da coletiva de Alemão
Você ainda acredita em classificação? a luta é para manter o time na série C?
- Olha, o momento que nós encontramos é muito difícil, né? A gente sabe que é um momento delicado, estamos brigando na zona de rebaixamento, mas ainda há chances. Enquanto houver chances a gente vai lutar até o fim. Mas a gente sabe que a nossa briga hoje, o nosso primeiro passo, é se distanciar ao máximo da zona de rebaixamento. Consequentemente, se a gente conseguir essas sequências de vitória, a gente começa almejar de novo uma classificação. Mas hoje a gente tá pensando mesmo em fugir da zona do rebaixamento.
Sabemos que a cobrança da torcida é em favor de resultados positivos. O que fazer para mudar esse quadro?
- É como eu falei anteriormente, a torcida tá magoada, é uma fase. Até meu pai e meus irmãos me cobram, né? Não tem jeito, como é que vai ter confiança, vai apoiar se só tem derrota? O futebol só tem espaço para vitoriosos, então a gente tem que ser cirúrgico nos jogos, a gente tem que ser mais sólido atrás para não errar e começar a mudar a maneira de jogar. Temos que ser cirúrgicos lá na frente e não tomar gol. Porque com 1 a 0 a gente consegue fazer os três pontos e, consequentemente, a torcida vai voltar a confiar na gente vitória após vitória.
Com doze jogos e apenas doze pontos conquistados, vocês precisam vencer seis das sete partidas restantes para continuar sonhando com o acesso. O que você acha que pode e deve ser feito de diferente dentro de campo para mudar esse cenário?
- Temos que ser mais cirúrgicos na frente, como eu falei. Acho que não tem espaço para errar, desperdiçar tantas chances. E é um erro que a gente vem cometendo muito, então é minimizar o máximo de erro lá atrás para que a gente não possa sofrer gols. Como eu falei, cada 1 a 0 seria muito importante. 1 a 0 hoje traria os mesmos três pontos de qualquer goleada. Então, temos que ser mais cirúrgicos, pensar mais o jogo e errar menos. Quanto menos a gente errar sabemos que uma oportunidade lá na frente os atacantes vão fazer, para conseguirmos mudar esse quadro e reverter esse essa desconfiança. Transformar em uma confiança mútua com o decorrer do campeonato. E quanto às seis vitórias em sete jogos, temos que pensar jogo a jogo, nosso jogo agora é em casa e a gente já tem que ganhar, para depois pensar no subsequente.
A partida deste sábado é contra o Figueirense, dentro do Barradão. Para você, enquanto atleta, qual a importância de vencer esse jogo? E aproveitando o gancho, como o apoio da torcida pode ser um diferencial para contribuir com essa vitória?
- Bom, acho que a gente vem falando que todos os jogos são uma final, uma final dentro do vestiário e temos que encarar como final. Mas eu acho que esse jogo é o divisor de águas mesmo. Nós temos consciência que é o jogo da vida, porque um tropeço aqui em casa e a gente vai brigar até o fim para não cair. E é isso que ninguém quer, então a gente tem que realmente encarar esse jogo como se fosse o último da nossa vida e dar o máximo, se entregar o máximo para que o resultado possa vir e, mais uma vez, ser cirúrgico com as oportunidades que a gente tiver. E a torcida sempre é importante, eu faço um pedido aqui para que eles continuem nos apoiando, continuem acreditando que a gente vai dar o máximo para reverter essa situação. Porque nem o Vitória, nem o torcedor e nem nós jogadores merecemos. Nós trabalhamos para caramba para que os resultados aconteçam e não tá acontecendo, então acho que a gente merece isso.