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Portal Edicase
Publicado em 21 de julho de 2025 às 12:35
Em um mundo cada vez mais digital, onde teclados e telas fazem parte da rotina desde cedo, o hábito de escrever à mão continua sendo essencial — especialmente na infância. Mais do que simplesmente registrar ideias, essa prática estimula áreas importantes do cérebro e contribui diretamente para o desenvolvimento das crianças. Por isso, mesmo com tantos recursos tecnológicos à disposição, é fundamental preservar e incentivar a escrita manual no cotidiano das crianças. >
Uma pesquisa da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia , publicada na revista Frontiers in Psychology , revela que escrever à mão estimula o cérebro de maneira única, gerando um padrão de ativação neural mais amplo e profundo do que a digitação. Essa estimulação favorece a memorização, o raciocínio, a atenção e a construção do conhecimento de longo prazo. >
“Quando a criança escreve à mão, ela precisa planejar o movimento, pensar na forma da letra, organizar o que vai escrever. Tudo isso exige atenção e coordenação, o que favorece o seu desenvolvimento”, explica Mariana Bruno Chaves, pós-graduada em psicopedagogia e especialista em educação na rede Kumon. >
Além dos benefícios cognitivos, a escrita também contribui para o fortalecimento da coordenação motora fina, essencial não só para a vida escolar, mas também para atividades do dia a dia da criança, como abotoar uma camisa, recortar com tesoura ou escovar os dentes com precisão. >
Para manter a escrita à mão presente na rotina das crianças , Mariana Bruno Chaves destaca algumas atitudes simples que os pais podem adotar. Confira: >
Mesmo com tanta tecnologia à disposição, é possível equilibrar o uso das telas com o estímulo à escrita. “A tecnologia está a serviço da aprendizagem, mas sem abrir mão de práticas fundamentais como o traçado da letra, que envolve concentração, coordenação e foco”, conclui Mariana Bruno Chaves. >
Por Lilian Brito >