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Veja os acontecimentos que marcaram a Idade Média

Período foi importante para invenções, desenvolvimento agrário e renascimento comercial

  • Foto do(a) author(a) Portal Edicase
  • Portal Edicase

Publicado em 14 de outubro de 2025 às 17:43

A Idade Média também ficou conhecida como a “Idade das Trevas” (Imagem: Matrioshka | Shutterstock)
A Idade Média também ficou conhecida como a “Idade das Trevas” Crédito: Imagem: Matrioshka | Shutterstock

A Idade Média foi um período de quase 1.000 anos que compreendeu a queda do Império Romano Ocidental (476 d.C.) até a queda de Constantinopla (1453 d.C.). Embora denominado “Idade das Trevas” pelo medo geral e baixo desenvolvimento cultural ( doenças , pobreza, violência, poder da igreja), foi uma fase importante pelas invenções, desenvolvimento agrário e renascimento comercial.

Povos bárbaros

Durante o Império Romano, os bárbaros eram os povos que viviam além do império e não falavam latim. Os germânicos, por exemplo, que viviam em torno do rio Reno (Germânia), foram rotulados como bárbaros.

No início, romanos e bárbaros viviam pacificamente (até se casavam). Com a invasão e a destruição de Roma (Império Romano Ocidental), passaram a criar reinos independentes no território romano entre os séculos V e VI. Dividiram-se em anglos, saxões, lombardos, suevos, burgúndios, vândalos, ostrogodos, visigodos e francos.

A Igreja Católica teve grande poder durante a Idade Média (Imagem: Matrioshka | Shutterstock)
A Igreja Católica teve grande poder durante a Idade Média Crédito: Imagem: Matrioshka | Shutterstock

Igreja Católica

A Igreja Católica teve grande poder durante a Idade Média. Ela possuía dois terços da terra na Europa. Dirigida pelos papas e bispos, formava enormes feudos por meio de mosteiros e abadias. Também tinha outros importantes papéis:

  • Religioso: converter o povo germânico ao cristianismo;
  • Econômico: desenvolvimento agrícola;
  • Cultural: conservação do conhecimento (bibliotecas).

Depois das Cruzadas, a Igreja, enfraquecida, buscou formas violentas de reagir e dominar por meio da Inquisição: um tribunal religioso que julgava e condenava os hereges (que tinham dogmas ou costumes diferentes ao catolicismo, heresia) a queimarem em fogueiras.

Império dos Francos

Instituído em 496 d.C. com o rei cristão Clóvis, o Império dos Francos foi de grande duração e teve forte ligação com a Igreja Católica. Ele foi dividido em duas dinastias: Merovíngia e Carolíngia.

Carlos Martel, na Merovíngio, venceu os árabes na Batalha de Poitiers, impedindo a invasão muçulmana na Europa. Carlos Magno, na Carolíngio, foi o rei franco mais famoso e conquistou terras na Europa Ocidental e Oriental.

Carlos Magno, nomeado imperador na cidade de Roma pelo papa Leão III, criou um grupo de fiscais, chamados missi dominici , para fiscalizar os territórios reais. Essa situação provocou a ruralização da Europa e a concentração de poder nas mãos dos senhores da terra posteriormente, determinante para o surgimento do Feudalismo.

Expansão do Islamismo

O Islamismo é uma religião monoteísta fundada pelo profeta Maomé em 610 d.C. Todos os seus ensinamentos estão concentrados no Alcorão, e os templos são chamados Mesquitas. Essa religião foi muito difundida entre as tribos árabes que viviam desde a Ásia até a África.

Orar cinco vezes ao dia, jejuar, fazer caridade e ir à Meca (cidade santa dos muçulmanos) ao menos uma vez na vida são alguns dos preceitos que o adepto à religião deve seguir. A sua expansão aconteceu após a morte de Maomé (632 d.C.), quando os califas (chefes político-religiosos considerados sucessores de Maomé) coordenaram ataques aos povos politeístas, implantando a nova religião islâmica.

O Império Islâmico durou quase duzentos anos graças à religião e à língua árabe. Declinou a partir do século VIII com a retomada cristã, os desentendimentos políticos com o governo central, a ambição, a rivalidade dos califas e a conquista dos turcos no Oriente Médio.

Império Bizantino

Após a crise no Ocidente (Roma), a parte Oriental (Constantinopla — hoje Istambul, na Turquia) e seu imperador Constantino mantiveram viva a cultura e as tradições romanas durante muito tempo. O Império Bizantino, ou Império Romano do Oriente, tinha seu caráter urbano (estável e rico), fabricando artigos de luxo, construindo imponentes edifícios públicos e estabilizando sua moeda (ouro bizantino).

A sociedade era uma hierarquia: imperador, nobreza (assessores do rei), aristocracia (comerciantes, banqueiros, grandes proprietários de terra), servos (ligados à terra em que nasciam) e escravos. A sociedade era fortemente dirigida pelo cristianismo — herdado de Roma. A Igreja exercia atividades (rituais) em tudo na vida dos bizantinos: festejos, arquitetura, atividades cotidianas, pinturas e esculturas etc.

O Império Bizantino teve seu auge com o imperador Justiniano, entre 527 e 565 d.C., que reconquistou a maior área da antiga parte Ocidental (Roma). Após a morte do imperador Justiniano, começou o declínio com a alta dos impostos e invasões árabes, até ser tomado pelo sultão Maomé II em 1453.

Cruzadas foram movimentos militares da Europa (Imagem: Matrioshka | Shutterstock)
Cruzadas foram movimentos militares da Europa Crédito: Imagem: Matrioshka | Shutterstock

Feudalismo

O feudalismo foi um sistema político-social-econômico em que um proprietário de grande extensão de terra (senhor feudal ou suserano) concedia parte de suas terras a um nobre (vassalo), estabelecendo um vínculo de proteção e servidão. Abaixo dos vassalos, estavam os camponeses (servos) que trabalhavam na unidade de produção (feudo), recebendo em troca moradia e proteção.

Formou-se, assim, a sociedade com papéis definidos:

  • Clero (rezar e assegurar salvação);
  • Nobreza (lutar para defender a população);
  • Camponeses (trabalhar para sustentar a todos).

Bom lembrar que, nesta época, grande parte da população vivia no campo e a Igreja Católica detinha dois terços das terras medievais. O declínio do feudalismo ocorreu com o renascimento comercial e urbano (Baixa Idade Média), motivado principalmente pelas Cruzadas.

Consequências das Cruzadas

As Cruzadas foram movimentos militares da Europa para livrar a Terra Santa e Jerusalém das mãos dos muçulmanos. Os voluntários usavam o artifício da guerra religiosa para fugir da pobreza, buscar aventuras, trabalho ou fortuna que não havia em suas terras. Apesar de não cumprir seu objetivo, provocou intensas mudanças como a reabertura do Mar Mediterrâneo à navegação, o ressurgimento do comércio europeu e a crise do feudalismo.