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Professora da rede pública de São Paulo ficou entre os 10 melhores
Do Estúdio
Publicado em 27 de março de 2019 às 18:42
- Atualizado há um ano
Peter Tabichi, de 36 anos, foi eleito o melhor professor do mundo no último domingo (24). O docente de ciências na zona rural do Quênia ficou em primeiro lugar no Global Teacher Prize de 2019 e ganhou o prêmio de US$ 1 milhão. Em reais, a quantia equivale ao valor de 3,9 milhões. Organizado pela Fundação Varkey, o prêmio é considerado o “Oscar da Educação”.
Para ajudar os alunos, o professor doa cerca de 80% do seu salário para custear fardas e materiais escolares. No dia a dia, Peter e os alunos enfrentam dificuldades na escola como instalações precárias, falta de material escolar e professores. Além disso, a maioria dos estudantes são de famílias muito pobres. “Eles não conseguem se concentrar, porque não se alimentaram o suficiente em casa", relatou Tabichi ao site da premiação.
O professor Peter tem se destacado por criar projetos que despertam a curiosidade dos alunos e incentivam a sua participação ativa, como a formação de um grupo de talentos e expansão do Clube de Ciências. Para a rede BBC News, Tabichi disse que leciona para que os alunos vejam que “a ciência é o caminho certo” para alcançar melhores condições no futuro.
Com o incentivo de Peter, os alunos passaram a se dedicar e 60% dos estudantes se qualificaram para competições em todo o país. Entre os prêmios conquistados, um deles foi pelo aproveitamento de plantas na geração de eletricidade.
O Global Teacher Prize reconhece professores de todo o mundo que realizam um trabalho diferenciado e oferecem ótimas contribuições à profissão. Em 2018, a vencedora foi a britânica Andria Zafirakou. Ela aprendeu conceitos básicos das 35 línguas faladas pelos alunos da escola em que leciona, a Alperton Community School em Londres.
Brasileira ficou entre os 10 melhores Com o projeto “Robótica com Sucata”, a professora da rede pública de São Paulo, Débora Garofalo, 39 anos, ficou entre os melhores docentes do mundo. Junto com o queniano Peter Tabichi, Débora concorreu ao prêmio com professores de países como Argentina, Grã-Bretanha, Holanda, Índia, Japão, Austrália, Geórgia e EUA.
Débora foi a primeira mulher brasileira a conseguir indicação de finalista da premiação. O seu projeto Robótica com Sucata envolve a reutilização de materiais eletrônicos, além de promover a conscientização sobre a produção e descarte do lixo.