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Agência Correio
Publicado em 21 de julho de 2025 às 08:52
Você sabia que aprender a dizer "não" pode ser o maior trunfo para sua carreira e saúde mental? Evitar conflitos e tentar agradar a todos, apesar de parecer seguro, tem custos altíssimos. >
Aquela postura de sorrir sempre, aceitar todas as demandas e fugir de qualquer atrito no ambiente de trabalho é, muitas vezes, vista como ideal. Contudo, se motivada pelo medo de desagradar, ela se torna um fardo emocional.>
Essa constante necessidade de aprovação, caracterizada como “síndrome do simpático profissional”, mina sua produtividade e autenticidade. >
O comportamento de sempre dizer "sim" para evitar atritos, mesmo os construtivos, geralmente tem raízes em ambientes que demonizam o confronto. Nesses locais, "ser legal" é considerado mais importante do que a verdade.>
Essa conduta gera efeitos colaterais e com o tempo, o profissional ignora seus próprios limites, abrindo espaço para abusos e negligenciando sua saúde mental. A sobrecarga se torna uma realidade constante, afetando o desempenho.>
Em qualquer nível hierárquico, essa dinâmica de agradar a todos prejudica. Em liderança, fragiliza a autoridade e o respeito da equipe, dificultando decisões. Em funções operacionais, causa uma sobrecarga silenciosa.>
O psicólogo Wanderley Cintra Jr. afirma ao portal Terra que “essa dinâmica cria relações superficiais e ambientes onde ninguém se posiciona de forma autêntica”. O resultado é um time com baixa concordância e alta rotatividade, além de esgotamento.>
Segundo o psicólogo, impor limites com empatia e manter boas relações no trabalho é totalmente viável. A chave está em usar uma comunicação assertiva, que una clareza com um respeito profundo.>
Curiosidades sobre entrevista de emprego
Experimente frases como “preciso avaliar melhor antes de aceitar mais uma tarefa” ou “posso ser sincero sobre como me sinto com isso?”. Tais abordagens demonstram profissionalismo e proatividade ao gerenciar suas responsabilidades.>
É crucial evitar justificativas excessivas. Um simples "não posso agora" dito com serenidade muitas vezes é o suficiente para estabelecer o limite necessário. Sua firmeza, sem agressividade, é a sua melhor ferramenta.>
O psicólogo sugere alternativas que sinalizem boa vontade, mas sem submissão. Considere dizer: “minha agenda está cheia neste momento, mas posso ajudar depois” ou “entendo a urgência, mas preciso de mais contexto para avaliar como posso contribuir”.>
Essa abordagem revela um equilíbrio emocional notável, habilidade cada vez mais requisitada no mercado de trabalho atual. Ser colaborativo é vital, contudo, nunca às custas de sua saúde mental ou da sua valiosa identidade profissional.>