Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Da Redação
Publicado em 20 de abril de 2023 às 11:05
- Atualizado há 2 anos
A influenciadora Amanda Campello, ex-mulher do investidor Sharkão,fez um desabafo nas redes sociais demonstrando indignação com a pensão de R$ 15 mil que recebe para a filha dos dois, uma bebê de poucos meses.>
O vídeo viralizou porque Amanda reclama de não conseguir suprir as necessidades da criança com a quantia. O valor da pensão é determinado pela Justiça, levando em conta o padrão de vida dos envolvidos e também a renda do pagador (leia mais abaixo).>
"Já tentei de todas as formas não chegar a uma “pequena” (mediante tudo o que aconteceu e acontece) exposição. Mas a humilhação é tanta, que já passou do limite da paciência. Me compadeço a todas as mães que passam por isso. Mendigar o mínimo para nossos filhos dentro da possibilidade de cada um", diz Amanda no vídeo.>
Amanda explicou suas dificuldades "Ele manda o dinheiro, que não dá para as contas fixas, não dá para as contas básicas. Eu não tenho livre arbítrio para administrar o dinheiro que chega, pois com esse dinheiro, já pago o meu aluguel, a minha funcionária, que não é babá, é funcionária da casa, conta de energia, de água...", disse.>
Ela destacou que não usa o dinheiro para si mesma, como foi acusada pelo pai da criança. "A conta de água deste mês eu não consegui pagar, o gás do mês passado, eu não consegui pagar porque não sobra dinheiro. Não é educação financeira é que não sobra. Eu pago as contas e não sobra. Não sobrou para fralda, fruta, brinquedo, para roupa... Não gastei um real comigo. Gasto com as contas fixas e não sobra", afirmou.>
Veja o vídeo de Amanda:>
A influencer citou algumas críticas e rebateu comentários sobre a possibilidade de baixar o padrão de vida. "As pessoas falam, 'vai morar em apartamento de mil reais'. Primeiro ponto, se eu fosse morar em um apartamento de R$ 15 mil, ele não continuaria mandando o R$ 15 mil. Ele mandaria o valor do aluguel, mas os das contas fixas. A qualidade de vida da minha filha tem que ser a mesma do genitor e não estou nem prezando pela mesma qualidade porque está faltando para o básico", destacou.>
Sharkão rebateu Amanda afirmando que paga um valor suficiente, incluindo gastos extras. "É inacreditável dizer que falta para o básico, falta para comprar fruta, mesmo eu enviando 17,300 reais esse mês. Imagina você, se você recebesse R$ 17,300 conseguiria comprar fruta para uma neném de oito meses? Faltaria para o básico?", disse.>
Ele disse ainda que a mãe da criança usaria o dinheiro em "alguma outra coisa". "Lembrando que o combinado é eu enviar R$ 15 mi todo mês que já cobre todas as necessidades da minha filha e todas as contas fixas e ainda sobra. Por que enviei 17.300? Despesas extras e inesperadas que eu pago a parte! Mas infelizmente eu mando dinheiro para a minha filha e ele é gasto com alguma outra coisa".>
Como é definida a pensão alimentícia? A advogada especialista da área familiar Mariana Régis explica que a pessoa que recebe a pensão não tem o dever de prestar contas ao outro genitor (a), a não ser que se tratem de despesas extraordinárias, como, por exemplo, em caso de doença, em que a mãe ou pai precisou comprar remédios e tem de comprovar o valor gasto para que o outro arque com a parte do montante. >
"Se o pai desconfia de má gestão ou desvio (aproveitamento pessoal), ele pode ingressar com ação para revisar o valor ou forma de pagamento e assim terá acesso à atual planilha de despesas detalhada da filha. Assim vai ficar clara a destinação dos recursos. O judiciário tem entendimento consolidado no sentido de não admitir prestação de contas em caso de pensão alimentícia, mas há pouco tempo, se admitiu a ação de prestação, em um caso bem particular (excepcional). A criança tinha deficiência e mesmo com uma pensão super elevada, estaria estudando em escola pública. Então, abriu-se um precedente. Contudo, o entendimento majoritário segue sendo pelo descabimento da ação de prestação de contas", explica.>
Ainda em conversa ao CORREIO, a advogada frisou que, em qualquer caso que envolva posicionamento, é importante lembrar que o valor dos alimentos é calculado levando-se em consideração as despesas da criança e a capacidade financeira de quem a pagará. Sobre o caso da influenciadora, Mariana detalha:>
"As pessoas podem achar que R$ 15 mil é muito, contudo, a depender do padrão sócio econômico experimentado durante a constância da união, esse valor não é suficiente sequer para manter a moradia, imagine arcar com todos os custos de uma criança - caso a mãe esteja sem renda, afastada do trabalho ou impossibilitada de trabalhar". >