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Thais Borges
Publicado em 24 de fevereiro de 2020 às 05:00
- Atualizado há 2 anos
“Não adianta a gente falar de bunda, bunda, bunda, nem coisas que não são verdadeiras, se a gente tem espaço para falar do mar, falar de Deus, falar de orixá, falar de candomblé, de catolicismo, de tudo". Essa foi uma das reflexões que o cantor Marcio Victor, da banda Psirico, fez, na noite deste domingo (23), antes de sua pipoca sair do Farol da Barra. >
Para ele, tudo serve de inspiração. "Já fui santo, já falei do contregum, já falei de mulher brasileira, de popa da bunda. Estou nessa busca de proporcionar essa vontade que o povo tem de se ver", explicou, em entrevista pouco antes de subir ao trio.>
Vestido de Guerreiro da Paz, ele cantou músicas como Rei Leão e Tá Quente, sua aposta para a folia."Em 2008, a gente já falava de feminismo. Mulher Brasileira foi uma música que levantou a autoestima de muitas mulheres e não era moda. Hoje, virou moda. Tá Quente eu vi que 2020 ia ser um dos anos mais quentes no mundo e a gente está vendo problemas com geleiras, queimadas", disse.Para Márcio, o Guerreiro da Paz significa o “santo forte” que está no coração de todos. “Cada um tem o direito de escolher a sua religião, mas o povo acredita na paz. O povo acredita no amor e é isso que a gente quer. Cid Carlos arrebentou no figurino e eu estou me sentindo gostoso demais”, brincou o cantor. Em seu trio, ele recebeu a cantora Nêssa e o cantor Yan Cloud, além da atriz Alice Wegmann. >
Todo lugar Entre os fãs, uma palavra é comum para definir Márcio Victor. “O melhor é a humildade dele. Não tem como descrever de outra forma”, afirmou o autônomo Gleidson Santos, 28. Ao lado da mãe, a doméstica Sueli Santos, 48, e de um grupo de amigos, ele criou o fã clube Os Psiricopatas há 13 anos. “Basta a gente ter dinheiro que a gente vai atrás deles. Seja no bloco ou na pipoca, eles dão o máximo de si. Mas a pipoca é fora do comum. Todo mundo dança, até a polícia dança com os olhos”, brincou Sueli. Teve gente, como o grupo de 13 amigos do fã clube Psi é Barril, que veio de longe só para acompanhar o cantor. “A gente sai de Aracaju e vai para tudo. Carnaval, Salvador Fest, tudo. A pipoca dele é boa porque todo mundo abraça a energia do Psirico. Dá para curtir do início ao fim, sem briga”, disse o vigilante Cleiton Kerrysson, 30. >
Para a autônoma Bruna Figueiredo, o clima na pipoca é agradável para todo tipo de público. “É tranquilo, não tenho do que reclamar”, afirmou. >