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Da Redação
Publicado em 14 de outubro de 2015 às 23:18
- Atualizado há 2 anos
A rápida recuperação de Kate Middleton, após dar à luz a segunda filha do príncipe William, gerou polêmicas. No entanto, esta é a segunda vez que a duquesa de Cambridge opta por realizar um parto de forma natural, seguindo as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS), que alerta para o grande número de cesarianas em todo o mundo, defendendo que esta indicação só pode ser feita se houver algum impedimento médico. Outra discussão levantada foi a respeito do peso da herdeira, que nasceu após 41 semanas de gestação, com 3,700 quilos. Muitos apontam como um grande risco, mas a OMS essa afirmativa não passa de um mito, pois bebês com até 4,5kg podem nascer de parto normal sem problemas.O Hapvida acompanha a vida da gestante durante toda a sua gravidez, com o intuito de garantir, do ventre ao nascimento, a saúde da mamãe e do bebê, sempre incentivando o parto normal. A operadora já trabalha com esse foco há mais de 15 anos e prova disso é o projeto Gerando, da Medicina Preventiva do Hapvida (HapPrev), que oferece suporte especializado com o objetivo de minimizar problemas na gestação e com o recém-nascido.Bebês com até 4,5kg podem nascer de parto normal O projeto apresenta às futuras mamães informações tais como: Monitoramento da adesão ao pré-natal, pré-natal de alto risco, oficinas sobre cuidados com o recém-nascido nas maternidades da rede Hapvida, entre outros. Durante os encontros do grupo, é abordado, também, a importância do parto normal, assim como seus benefícios para a mãe e o bebê, além de dicas de movimentos e posições que podem facilitar o nascimento da criança de maneira natural."Abordamos temas como os tipos de parto, incentivo ao parto normal, cuidados com o recém-nascido, alterações fisiológicas e alimentação adequada na gestação", explica a enfermeira do Hapvida, Lucimeire da Silva. O grupo Gerando atende cerca 1050 gestantes por ano, nas cidades de Fortaleza, Belém, Natal, Recife, Salvador e Aracaju.Em março, o Hospital Teresa de Lisieux, da maior operadora de saúde do Norte e Nordeste com mais de 3 milhões de clientes, foi o único hospital de Salvador a integrar o projeto Parto Adequado, uma iniciativa da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), do Hospital Israelita Albert Einstein e do Institute for Healthcare Improvement (IHI), que valoriza o parto normal, reduzindo o percentual de cesarianas em todo o país.O parto no BrasilNo Brasil, de acordo com estudo do Ministério da Saúde, as taxas médias de cesarianas em 1970 eram de 14,6%. Em 1994, o índice de cesarianas no país já chegava aos 32% e atingiu a marca de 52% em 2010. Atualmente, o país é campeão mundial nos índices de cesarianas, tendo atingido 55,4% do total de partos em 2012. A recomendação da Organização Mundial de Saúde é que a taxa não exceda 15%.De acordo com o ginecologista do Hapvida Saúde, dr. Elson Almeida, qualquer mulher pode optar pelo parto normal, salvo algumas exceções. "Caso a gestante que tenha alguma doença cardíaca ou no decorrer da gravidez apresente alguma intercorrência, como o bebê não virar de cabeça para baixo, por exemplo, não terá indicação para seguir com o parto normal, mas essa não é a regra geral", explica.O especialista também defende que a escolha do parto normal traz muitos benefícios tanto para a mulher quanto para o bebê. "O parto via vaginal traz melhor recuperação da mulher, além de oferecer menos riscos de infecções, hemorragias e lesões de órgãos como bexiga, uretra, artérias e intestinos. São necessários menos medicamentos e o risco de trombose também é menor, já que a paciente pode se movimentar durante todo o trabalho de parto e voltar a caminhar mais rápido do que depois de uma cesárea. O primeiro contato entre a mãe e o filho pode ser mais intenso, pois sempre que possível, buscamos entregar o bebê à mãe logo após o parto para que seja acolhido, abraçado e amamentado imediatamente, finaliza.>