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Felipe Sena
Publicado em 8 de agosto de 2025 às 22:10
Morreu nesta terça-feira (8) um dos ícones do samba brasileiro, Arlindo Cruz, em decorrência de falência múltipla dos órgãos. O artista marcou a história da música brasileira através de canções como ‘O Show tem que Continuar’, ‘Meu Lugar’, entre outras. >
Arlindo Cruz
Arlindo sofreu um acidente vascular cerebral hemorrágico em março de 2017, depois de passar mal em casa, e ficou quase um ano e meio internado. Desde então, ele lidava com as sequelas da doença. Em maio, quando ele estava internado, a filha do artista desabafou.>
Além da esposa, Babi Cruz, Arlindo deixou dois filhos, Flora e Arlindinho. Antes do compositor morrer, Flora Cruz fez uma revelação sobre o pai que comoveu a web em maio deste ano.>
“Ele tem muita vontade de viver. Arlindão tem muito tesão em viver. Então, até quando a gente começa a desacreditar, ele mostra pra gente que é capaz, que ele está ali, que ele quer aquilo, que ele quer viver com a gente. Então, foi mais um susto. O meu pai é acamado há 8 anos, então, vira e mexe, a gente toma um susto. Foi pneumonia, muito tempo deitado, né?”, contou ela, na época. >
Natural do Rio de Janeiro, Arlindo Domingos da Cruz Filho começou a tocar cavaquinho ainda criança, influenciado pelo pai, Arlindão, que também era músico. Ganhou projeção nacional ao integrar o grupo Fundo de Quintal, ícone da renovação do samba nos anos 1980. Mais tarde, seguiu carreira solo e tornou-se autor de alguns dos sambas mais conhecidos do país, como O Show Tem Que Continuar, Meu Lugar, O Que É o Amor, Candura e Ainda É Tempo Pra Ser Feliz.>
O sambista, que deixou mais de 700 composições gravadas e cerca de 3 mil registros como músico, gravou com nomes como Zeca Pagodinho, Maria Rita, Beth Carvalho, Alcione e Jorge Aragão. No Carnaval, era ligado a escolas como Império Serrano e X-9 Paulistana. Também marcou presença na televisão, especialmente no programa Esquenta, da TV Globo.>