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Capitão da PM acusado de vender armas a facções é preso novamente em Salvador

Recurso do MP pediu a revogação da liberdade de Mauro Grunfeld

  • Foto do(a) author(a) Da Redação
  • Da Redação

Publicado em 27 de julho de 2024 às 09:48

Mauro das Neves Grunfeld
Mauro das Neves Grunfeld Crédito: Reprodução

O capitão da PM Mauro Grunfeld foi preso novamente em Salvador, na manhã deste sábado (27), após um recurso do Ministério Público (MP-BA). Ele é um dos investigados da “Operação Fogo Amigo”, que apura uma organização criminosa especializada na venda de armas e munição ilegais para facções de Alagoas, Bahia e Pernambuco.

A Justiça decretou novamente a prisão preventiva do capitão. Ele foi detido em uma ação conjunta do MP-BA, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), e pelas Polícias Federal e Militar.

Grunfeld estava em liberdade após a sua defesa conseguir a revogação de sua prisão preventiva.

Operação integrada das polícias e MP prendeu novamente o capitão da PM Mauro Grunfeld
Operação integrada das polícias e MP prendeu novamente o capitão da PM Mauro Grunfeld Crédito: Divulgação/Ministério Público

Segundo o MP, após analisar o recurso, a Justiça entendeu que "as circunstâncias que levaram à prisão preventiva inicial não haviam mudado, justificando assim a necessidade de mantê-lo detido para garantir a ordem pública".

Grunfeld foi denunciado pelo MP no dia 7 de junho, pelos crimes de organização criminosa armada e comercialização ilegal de armas de fogo, inclusive de uso restrito. As investigações revelaram um esquema de mercado clandestino, no qual o policial e outros membros da quadrilha obtinham munições ilegalmente, adquirindo armas de fogo "frias" e vendendo-as através de intermediários. Esse modus operandi permitia que facções criminosas na Bahia fossem abastecidas com armas e munições.

Durante a "Operação Fogo Amigo", que levou à prisão do PM, foram apreendidas uma arma de fogo registrada em nome de terceiro, uma grande quantidade de munições de diversos calibres e documentos de transporte de mercadorias, evidenciando seu envolvimento no comércio ilegal. Registros financeiros mostraram que o policial transferiu R$ 87.330,00 para outro membro da organização criminosa em 35 transações, comprovando sua participação ativa na quadrilha.

Operação Fogo Amigo

No dia 21 de maio, a operação cumpriu 20 mandados de prisão preventiva e 33 de busca e apreensão contra agentes de segurança pública, CACs (caçadores, atiradores e colecionadores), empresários e lojas de comercialização de armas de fogo, munições e acessórios, que, segundo as investigações, formam a organização criminosa e estão envolvidos no esquema criminoso.

Foram cumpridos mandados nos municípios de Juazeiro, Salvador e Santo Antônio de Jesus. E determinado o sequestro de bens e bloqueio de valores de até R$ 10 milhões dos investigados, além da suspensão da atividade econômica de três lojas que comercializavam material bélico de forma irregular.

A ‘Fogo Amigo’ foi deflagrada pelo Ministério Público estadual, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas do Norte (Gaeco Norte), e pela Polícia Federal, com apoio do Gaeco pernambucano, equipes da Cipe Caatinga e Bepi da PM de Pernambuco;Polícia Civil da Bahia, por meio da Coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core); das Corregedorias-Gerais da Polícia Militar da Bahia e Pernambuco; e do Exército brasileiro.