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Pode treinar gripado? Saiba o que levar em consideração antes de tomar essa decisão

Veja quais são os sintomas que indicam se você deve treinar ou descansar quando não está bem

  • Foto do(a) author(a) Perla Ribeiro
  • Perla Ribeiro

Publicado em 21 de julho de 2025 às 12:45

Treinar no frio ajudar a queimar mais calorias (Imagem: NassornSnitwong | Shutterstock)
Pode treinar gripado? Saiba o que levar em consideração antes de tomar essa decisão) Crédito: Imagem: NassornSnitwong | Shutterstock

O nariz está escorrendo, a garganta arranhando, mas a pessoa está tão focada que decide ir treinar mesmo assim, pra manter o ritmo e não perder a disciplina. A dúvidao é, o corpo vai responder aos estímulos musculares, mesmo não estando 100%? Vale a pena treinar nessas condições? De acordo com especialistas, a resposta depende do tipo e da intensidade dos sintomas.

Se for apenas um resfriado com coriza, tosse e leve desconforto, geralmente não há problema em realizar exercícios leves ou moderados, desde que você sinta disposição. Já no caso de gripe, que costuma causar febre e dores no corpo, o mais seguro é respeitar o repouso para que o corpo se recupere e evitar complicações.

Uma forma prática de avaliar é seguir a recomendação do Colégio Americano de Medicina Esportiva, nos Estados Unidos: se os sintomas estiverem apenas “acima” do pescoço (nariz entupido, dor de garganta leve), exercícios moderados estão liberados; mas se houver também dor no peito, tosse intensa, febre, dores no corpo, a recomendação é suspender os treinos e descansar.

O ortopedista e médico do esporte Thiago Viana, membro da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE) e da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), concorda com essa recomendação. “Em alguns casos, atividades leves e moderadas, como uma caminhada de 20 minutos ou uma aula de ioga, podem trazer alívio dos sintomas por melhorar a circulação sanguínea. Movimentar-se libera neurotransmissores, como a serotonina, que aumentam a sensação de bem-estar”, diz Viana.

Ainda assim, quem decide se exercitar mesmo apresentando sintomas leves deve ter cuidado redobrado com a hidratação e procurar locais arejados, evitando calor excessivo. “É importante tomar cuidado com medicamentos que podem alterar a frequência cardíaca ou o controle de calor, como os descongestionantes”, alerta o médico do esporte.

Vale lembrar também que quadros gripais pedem atenção especial com a higiene, o que envolve lavar as mãos antes e depois do treino, limpar os aparelhos usados com álcool ou toalhas umedecidas, manter o distanciamento das outras pessoas, evitar aglomerações e locais muito fechados. Se estiver tossindo, é importante usar máscara. E preste atenção à evolução dos sintomas: se sentir que estão piorando durante a malhação, interrompa o esforço imediatamente e, se necessário, procure ajuda médica.

Respeite seus limites

Embora não seja contraindicado se exercitar em certos casos de saúde, é primordial respeitar o próprio corpo e não exigir demais dele com medo de perder a evolução nos treinos. “Se esforçar para praticar exercícios mesmo não se sentindo bem, com receio de debelar os ganhos obtidos até agora com os treinos, não é indicado, pois estressar o organismo com a prática de atividades físicas pode atrapalhar a recuperação”, alerta o infectologista Moacyr Silva Junior, do Einstein Hospital Israelita.

Os sintomas gripais e de infecções respiratórias costumam durar uma semana, período em que o ideal é permitir que o organismo foque em combater a doença. Ignorar essa recomendação pode ser perigoso, porque o sistema cardiovascular, que já está trabalhando para enfrentar a infecção, precisaria se esforçar ainda mais para sustentar o exercício físico. Com isso, aumenta o risco de exaustão por hipertermia, síndrome de fadiga pós-viral e até miocardite viral, inflamação do músculo cardíaco provocada pela infecção.

Os vírus da gripe podem atingir o trato respiratório inferior, comprometendo brônquios e pulmões, entre outras estruturas. “Na hora de voltar às atividades físicas, o indicado é pegar mais leve nos primeiros dias”, recomenda o infectologista do Einstein.