Garoto de um ano tem crânio separado da coluna e sobrevive após cirurgia

"Conseguir salvar a medula e sobreviver... foi um verdadeiro milagre"

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  • Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2015 às 13:31

- Atualizado há um ano

Um garoto de apenas um ano e quatro meses teve o crânio reimpantado à coluna após sofrer um grave acidente de carro. Jackson Taylor seguia com os pais e uma irmã, no dia 15 de setembro, por uma rodovia em Nova Gales do Sul, na Austrália, quando se chocaram com outro veículo, que vinha a 110 km/h. O outro veículo era ocupado por jovens estudantes que estavam treinando cavalo de pau na via.

Com o choque, Jackson quebrou duas vértebras do pescoço, a clavícula e o seu crânio foi separado da coluna, numa lesão conhecida como deslocamento atlanto-occipital, ou decapitação interna. "Quando eu tirei Jackson do carro, soube na hora que seu pescoço estava quebrado", disse Rylea Taylor, mãe do garoto.(Foto: Reprodução)Após mais de seis horas de cirurgia, Jackson teve a fratura corrigida. Os médicos utilizaram um microfio e parte da costela do garoto para conectar as vértebras. De acordo com o cirurgião Geoff Askin, essa foi a pior lesão que ele já viu.

"Muitas crianças não sobreviveriam a esse tipo de lesão. Se sobrevivessem e fossem ressuscitadas, talvez não conseguissem respirar e ou se mover novamente. Conseguir salvar a medula e sobreviver... foi um verdadeiro milagre", disse Askin.

O garoto precisará usar uma órtese, aparelho utlizado para imobilizar a coluna, durante dois meses. Após esse período, ele levará uma vida normal. A irmã de Jackson também teve a coluna fraturada. Ela foi operada e passa bem.(Foto: Reprodução)JustiçaA mãe do garoto lançou uma petição online no site Change.org onde pede punições mais duras para motoristas irresponsáveis. Segundo ela, os garotos que provocaram o acidente terão apenas as carteiras suspensas e receberão uma multa.

"Três garotos decidiram dar cavalo de pau e cantar pneus perto de uma curva em um rodovia, às 11 horas da manhã. Se alguém destrói a vida de outra pessoa, ele não merece apenas um tapinha na mão e uma segunda chance", disse.