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Perla Ribeiro
Publicado em 7 de maio de 2025 às 09:41
Quando os ponteiros do relógio no Brasil indicarem 14h, no Vaticano, mais precisamente na chaminé instalada na Capela Sistina, sairá a fumaça que indicará a decisão dos 133 cardeais no primeiro dia do conclave. Se ela for na cor escura, significa que os cardeais ainda não chegaram a um consenso sobre quem deve ser o novo líder da Igreja Católica. Se for na cor branca, ela comunica que o novo papa já foi escolhido. Para isso, é preciso obter 89 dos votos. Antes do início das votações, uma missa realizada na Basílica de São Pedro na manhã desta quarta-feira (7) abriu oficialmente o conclave. >
Depois da missa, que é denominada Eligendo Pontifice, os cardeais se dirigiram para suas hospedagens, na Casa Santa Marta e na "Santa Marta Velha", residência oficial papal e prédio adjacente, respectivamente, onde permanecem em isolamento durante a votação. Lá, os clérigos vão descansar e almoçar. Por volta das 11h30, no horário de Brasília, eles irão à Capela Paulina, no Palácio Vaticano, para uma oração pré-votação. Logo eles seguem em procissão para a Capela Sistina, local da votação. >
Os cardeais fazem um juramento de silêncio e em seguida é iniciada a votação. Três cardeais são escolhidos para fazer a contagem dos votos, que são chamados de escrutinadores, outros três pra coletar as cédulas de quem ficar doente e mais três para fazer a revisão dos votos. As escolhas são feitas por sorteio comandado pelo camerlengo, Kevin Farrell. As cédulas têm a inscrição Elejo como sumo pontífice (Eligo in Summun Pontificem) e um espaço em branco para eles escreverem o nome do escolhido. Na hora de entregar a cédula, cada cardeal vai até o altar com o papel dobrado e declara: "Inco como testemunha Cristo Senhor, que me há de julgarm que o meu voto é dado àquele que, segundo Deus, julgo deve ser eleito". >
A cédula é colocada em uma urna de prata e depois os cardeais se curvam e, em seguida, retornam aos seus assentos. Nessa hora, os escrutinadores misturam os votos e, em seguida, os transferem para um segundo recipiente onde conferem se o número de cédulas coincide com o de eleitores. Só então é iniciada a contagem dos votos. Dois escrutinadores atuam anotando os nomes dos que receberam votos, enquanto um terceiro faz a leitura dos nomes em voz alta, perfurando as cédulas com uma agulha através da palavra Eligo e as amarrando. Enquanto não houver nenhum cardeal com 2/3 dos votos não terá um novo papa. Até que isso ocorra, é realizada novas votações. Enquanto não houver um eleito, haverá dois turnos de duas votações por dia, sendo uma pela manhã e outra à tarde.>
Os rituais do conclave:>