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Facção lucrava R$ 1 milhão por mês com aplicativo de mototáxi

Uber e 99 eram proibidas de operar na região

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 8 de agosto de 2025 às 13:29

Aplicativo de transporte comando pelo tráfico
Aplicativo de transporte comando pelo tráfico Crédito: Reprodução

A Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou nesta sexta-feira (8) a Operação Rota das Sombras, para desarticular um esquema de transporte clandestino operado pelo Comando Vermelho (CV) na Vila Kennedy, no Rio de Janeiro. A facção impôs o uso exclusivo de um aplicativo desenvolvido por seus integrantes, o Rotax Mobili, que teria movimentado cerca de R$ 1 milhão por mês.

Segundo a investigação conduzida pela 34ª DP (Bangu), ao menos 300 mototaxistas foram coagidos a utilizar o app, sob ameaças e extorsão. O serviço substituía totalmente plataformas legalizadas como Uber e 99, que estavam proibidas de operar na região. Sem alternativas, moradores eram forçados a baixar o aplicativo criminoso, cujo slogan era: “O único aplicativo de viagens de carro e moto que passa pela barricada e te deixa na porta de casa.”

O esquema envolvia dois núcleos de atuação: um responsável por controlar os condutores com ameaças, e outro encarregado de administrar os lucros, que eram repassados diretamente ao traficante que chefia o território.

Durante o cumprimento de sete mandados de prisão temporária e 12 de busca e apreensão, os agentes prenderam cinco pessoas até o momento, além de apreenderem R$ 300 mil em espécie em um dos alvos e uma BMW blindada em outro endereço.  

Segundo reportagem do G1, para esconder o rastro financeiro do negócio, os criminosos criaram empresas de fachada, utilizadas para dar aparência de legalidade às transações feitas com os valores das corridas.

As investigações apontam que o aplicativo começou a ser utilizado há pelo menos três meses, e foi estruturado como uma alternativa “oficial” do tráfico ao transporte por aplicativo, funcionando exclusivamente dentro da área de domínio da facção.