A jornais internacionais, Dilma afirma que processo de impeachment não tem fundamentos legais

Presidente se reuniu com correspondentes de veículos estrangeiros e reafirmou que não vai renunciar ao cargo

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  • Da Redação

Publicado em 24 de março de 2016 às 18:19

- Atualizado há um ano

A presidente Dilma Rousseff afirmou na manhã desta quinta-feira (24) durante coletiva para correspondentes de jornais estrangeiros, que não renunciará ao mandato. De acordo com o "The New York Times", Dilma recebeu repórteres do francês 'Le Monde', do argentino 'Página 12', do espanhol 'El País', do inglês 'The Guardian', do alemão 'Die Zeit', além do próprio Times. Durante o encontro no Palácio do Planalto, Dilma afirmou que o processo de Impeachment que tramita na Câmara não tem fundamentos legais. Ela classificou ainda a tentativa de tirá-la do poder como golpe e que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, colocou o processo em andamento para desviar as atenções das acusações contra ele. Cunha é réu na Operação Lava Jato e é investigado por desvios de dinheiro na Petrobras e outras estatais. Foto: AFPQuestionada sobre o atual momento do Brasil, ela traçou um panorama do cenário político e chamou o ex-presidente Lula de parceiro. Ele foi nomeado como Ministro da Casa Civil, mas segue com a nomeação suspensa pelo Superior Tribunal Federal (STF). Nesta quarta-feira (23), Dilma afirmou ter a convicção de que conseguirá os votos necessários para barrar o processo de impeachment na Câmara dos Deputados. Para impedir que o processo tenha seguimento no Congresso, o governo precisa de 172 votos em seu favor na Câmara, que tem 513 deputados.“Eu tenho convicção de que nós teremos os votos necessários”, disse a presidenta em resposta a jornalistas, após visitar obras de infraestrutura para instalação do satélite geoestacionário de defesa e comunicações estratégicas, em Brasília.