Adolescente que matou mãe e irmão se assustou ao saber que pai estava vivo

Menino de 13 anos cometeu crime após ficar impedido de jogar no celular

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  • Da Redação

Publicado em 21 de março de 2022 às 10:16

- Atualizado há um ano

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O adolescente de 13 anos que confessou ter matado a própria mãe, de 47, e o irmão, de 7 anos, ficou chocado ao descobrir que o pai sobreviveu ao ataque ocorrido no município de Patos, na Paraíba. O menino atirou nos três após ser proibido de jogar no celular.

A arma usada no crime pertencia ao pai, de 56 anos, que é policial militar reformado. Ele está internado em estado grave.

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Momentos antes do crime, o pai do garoto tomou o celular do filho e justificou com o mal desempenho escolar. Em seguida, ele foi até uma farmácia comprar remédios para esposa. Foi nesse momento que o adolescente pegou a arma do pai, que estava "bem guardada" em um "armário de ferro fechado" no escritório, segundo o delegado Renato Leite.

"A mãe aguardava no quarto, deitada, dormindo. Ele chegou, encostou a arma na cabeça dela e efetuou um disparo contra a mãe", relatou Leite à TV Sol.

Por conta do barulho, o irmão mais novo do adolescente saiu de outro quarto e, quanto percebeu o que havia acontecido, começou a brigar com o adolescente. Armado, o jovem chegou a correr atrás do irmão, mas foi surpreendido pelo pai, que havia retornado para casa. 

"O pai chegou, tentou intervir para que ele soltasse a arma, e ele terminou efetuando um disparo contra o pai, que caiu na sala. O irmão, ao ver o pai caído, foi tentar socorrer, o abraçou, foi quando ele (o adolescente) atirou no irmão pelas costas", contou o delegado.

Ainda de acordo com Leite, o menino pediu socorro e tentou forjar um cenário de assalto dentro de casa. "Depois, friamente, ele guardou a arma onde estava, chamou o Samu e tentou fazer (parecer) que tinha sido um assalto, que (ladrões) tinham entrado. Mas depois de todas as diligências que fizemos, a gente conseguiu elucidar esse caso", explicou. 

Depoimento O menino contou à polícia que se sentiu pressionado por cobranças para estudar e cumprir tarefas domésticas, como arrumar a cama ou lavar a louça. O delegado contou à TV Sol, que o rapaz estava tirando notas baixas e passava a maior parte do tempo em casa jogando online. 

"Ele alegou que a motivação pra ter cometido o que fez foi porque os pais estavam privando ele de jogar um jogo. O jogo que ele estava jogando era "Roblox". A motivação, que ele alegou ter sido a gota d'água hoje", afirmou o delegado, com base no depoimento do adolescente. "Eu percebi que ele, quando soube que o pai ainda estava vivo, se assustou. Acho que ele estava mais satisfeito se todos os três tivessem falecido", concluiu o delegado.