Jornais estrangeiros repercutem massacre de presos em Manaus

O massacre que deixou 60 mortos repercutiu nos principais jornais do mundo

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  • Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2017 às 18:54

- Atualizado há um ano

O massacre que deixou 60 mortos em penitenciária de Manaus, no Amazonas, nesta segunda-feira, 2, repercutiu em todo o mundo. O americano The New York Times destacou na homepage de seu site a notícia, enfatizando que as facções rivais travam disputa pelo controle do tráfico de cocaína na Amazônia brasileira. "Rebeliões em prisões brasileiras são comuns", diz a reportagem. "Mas o episódio de Manaus, que incluiu corpos decapitados atirados contra os muros da penitenciária, está entre os mais sangrentos das últimas décadas." O jornal americano também lembrou que a prisão tinha três vezes mais detentos do que sua capacidade.O britânico BBC também divulgou a notícia em sua página principal, destacando que a rebelião ocorreu em uma prisão superlotada e que a "violência terminou 17 horas depois" do início do conflito. O site do italiano La Repubblica frisou o tamanho da carnificina, ressaltando já no título que seis dos detentos foram decapitados. "Muitos agentes se tornaram reféns", disse.A notícia foi manchete principal do português Público ao longo da tarde desta segunda. "Os confrontos assumiram proporções de violência extrema", frisou a publicação. O site espanhol El País enfatizou que "a região norte do Brasil é fundamental para o tráfico internacional de drogas" e que o presídio é dominado pela facção Família do Norte (FDN)."Motins são comuns em prisões brasileiras, onde a superlotação é regularmente denunciada por organizações de defesa dos Direitos Humanos", afirmou o jornal francês Le Monde.